30/09/2011

INSS QUER QUE MOTORISTA INFRATOR PAGUE INDENIZAÇÃO A VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve ajuizar nos próximos dias as primeiras ações para o pagamento de indenizações a vítimas de acidentes de trânsito pelos motoristas infratores.
A ideia é que eles tenham que arcar com os custos de auxílio-doença ou pensão por morte, por exemplo, informou hoje (28) o presidente da autarquia, Mauro Hauschild.

De acordo com ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) estuda a forma como será feita a cobrança. Segundo Hauschild, atualmente, o INSS gasta R$ 8 bilhões por ano com as despesas decorrentes de acidentes de trânsito. ''Não é justo para a sociedade que o INSS, que arca com pesado déficit de suas contas para dar garantias aos segurados, tenha que custear essas despesas, causadas pela má conduta de motoristas que dirigem embriagados, em alta velocidade, provocando graves acidentes com vítimas, ou que trafegam na contramão.''

O presidente do INSS espera que o trabalho envolva a parceria do Ministério Público, da Polícia Rodoviária Federal, dos departamentos de Trânsito estaduais (Detrans), entre outros, para que os processos sejam bem embasados.

''Não se trata de sair procurando quaisquer acidentes culposos [para responsabilizar motoristas]. Não vamos nos aventurar a expor as pessoas a situações desnecessárias'', ressaltou ele, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

O presidente do INSS observou que ''essa transferência de responsabilização'' já vem ocorrendo em situações envolvendo empresas que, por inobservância da lei, expõem empregados a riscos, acarretando mortes e lesões. Segundo ele, o instituto vem ganhando causas desse tipo, o que também deverá ocorrer no caso de motoristas que provocam acidentes de trânsito com vítimas.

Hauschild destacou que a medida terá caráter educativo, assim como a Lei Seca, que estabeleceu sanções como o pagamento de multa, a suspensão da carteira de habilitação e a prisão, para o motorista que é flagrado dirigindo embriagado. ''As causas provocadas por irresponsabilidade, com certeza, têm que ser custeadas por quem assumir o risco de provocar mortes ou lesões'', defendeu.
Fonte:Correio do Estado/Perkons

APRENDA A LIDAR COM O ESTRESSE NO TRÂNSITO


Depois de um dia intenso de trabalho não é fácil deparar com uma grande quantidade de veículos ''devagar quase parando'' nas ruas.
E todos com o mesmo objetivo: chegar o mais rápido possível ao destino. Esta é a dura realidade de quem precisa passar diariamente pelos pontos de estrangulamento das grandes cidades,
principalmente nos horários de pico, das 7h30 às 9h e das 17h30 às 19h.

Dados revelam que entre 2001 e 2009 o Brasil ganhou mais de 24 milhões de veículos, entre carros, caminhões e motocicletas. Os números do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que Rio Preto registrou em julho deste ano uma frota de 295.377 veículos, lembrando que a população da cidade é de pouco mais de 400 mil habitantes.

A psicóloga Mara Lúcia Madureira ensina que, em congestionamentos, a primeira estratégia para manter a calma é aceitar a impotência para modificar a situação. A segunda é iniciar um diálogo interior, ou seja, explicar a você mesmo que nenhum tipo de desconforto ou sofrimento (como irritabilidade, estresse, raiva ou agressividade) poderá melhorar o caos ou diminuir o tempo de espera.

Convencido de que terá de esperar, procure normalizar a respiração e encontre algo agradável para fazer: ouvir música, mandar torpedos, ler algo, observar as pessoas. Repita, sempre que perceber mudanças no seu humor: ''Não adianta ficar estressado. Os compromissos já eram, os planos terão de ser alterado e, por ora, o melhor é relaxar até que a situação se resolva.'' Outra dica é tentar ser o observador da sua própria ansiedade. Imagine a ansiedade sobre uma prancha no mar. ''Contemple-a em suas oscilações como um surfista que sobe e desce conforme as ondas. Simultaneamente, uma parte do cérebro controla a imagem com seus picos e vales de ansiedade e a outra parte regula a respiração, sempre inspirando lenta e profundamente, inflando o abdômen ao inspirar e soltando o ar lentamente também pelo nariz'', explica Mara.

Ela garante ser perfeitamente possível não se irritar em um congestionamento. ''É preciso desaprender os padrões de comportamento de inconformidade quando as coisas estão fora do nosso controle. O que não depende da nossa vontade para mudar nos obriga a modificar nossa vontade. Se estiver no congestionamento lembre-se de que terá muito tempo de espera. Essa espera pode ser desesperadora, normal ou até mesmo agradável, dependendo de como você decide pensar e agir naquela situação'', diz.

A paciência gera gentileza

A psicóloga Carolina Fernandes Todesco ensina que, com muita paciência, a experiência no congestionamento pode ser um bom momento para praticar a gentileza. Bons hábitos e comportamentos sempre serão ótimas opções para gerar boas respostas. ''É claro que todos os condutores precisam de mais conscientização, mas com certeza, se cada um fizer um pouco o trânsito pode se tornar mais calmo e, na medida do possível, mais seguro.'' Dentre os fatores responsáveis por acidentes de trânsito, o fator humano é o principal causador de acidentes, o que é justificado pela agressividade e intolerância presentes na maioria dos condutores.

É importante que os indivíduos tenham maior consciência de si próprios, isto é, da bagagem que estão carregando consigo, como frustrações, problemas, cansaço, entre outros. É preciso ter essa concepção para que todos os motoristas consigam lidar melhor com o trânsito a ser enfrentado, não permitindo que fatores externos pesem negativamente nesta bagagem. A dica é procurar manter sempre o autocontrole e cultivar a paciência.
Fonte:Diário Web

ACIDENTES DE MOTO MATAM E FEREM MAIS EM 2011

Número de feridos de janeiro a maio deste ano teve aumento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2010.

O número de feridos em acidentes com motocicletas aumentou 10,7% em Curitiba entre janeiro e maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto nos quatro primeiros meses de 2010 as motos fizeram 1.025 vítimas com ferimentos, em 2011 essa contagem chegou a 1.135 feridos até o último dia de maio – data do levantamento mais recente divulgado pelo Batalhão de Polícia de Trânsito de Curitiba (BPTran). No mesmo pe­­ríodo em 2010, 13 motociclistas perderam a vida no trânsito, ante 17 mortes registradas neste ano. Essa estatística leva em conta apenas os óbitos registrados no local do acidente.

O dado mostra que a adoção desse tipo de transporte se tornou um problema de saúde. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Sangari divulgada em abril revela que o número de mortes provocadas por acidentes de moto aumentou 754% entre 1998 e 2008. A conclusão do estudo é de que o motivo da mortandade vai além do aumento da frota: pilotar uma motocicleta tornou-se uma tarefa mais arriscada.

É uma epidemia que acomete principalmente os mais jovens. Os dados do BPTran mostram que 28% das vítimas têm 18 ou 19 anos. O Instituto Sangari também identifica a faixa etária entre 15 e 24 anos como a mais suscetível aos acidentes com moto. ''O custo baixo da motocicleta é um fator que contribui para esse cenário'', identifica o tenente-coronel Loemir Mattos, comandante do BPTran de Curitiba. ''Então a falta de experiência do jovem motorista, aliada à impetuosidade e abuso de velocidade, aumenta em muito o risco'', ressalta.

Para tentar reverter essa tendência, o BPTran estabeleceu parcerias com as revendedoras de motocicletas para que, no momento da compra, o cliente receba orientações sobre direção segura. ''A educação é um processo demorado, e muitos imaginam que é mais fácil desrespeitar as regras a obedecê-las. Porém, além da multa ou punição do agente de trânsito, existem as leis da Física que punem de imediato'', enfatiza. Segundo Mattos, a parceria com o BPTran também prevê que as concessionárias passarão a oferecer manutenção básica das motocicletas a preços mais baixos, para prevenir acidentes por falhas técnicas.

O médico Luiz Carlos Sobania, diretor clínico do Hospital XV de Fraturas, lembra que as características do veículo contribuem para uma ocorrência maior de ferimentos sérios. ''A moto foi desenhada para uma pessoa, apenas. Mas no Brasil temos até mototáxi. Em caso de risco, cada ocupante reage de uma maneira diferente, agravando a queda e o acidente'', cita.

Ele lembra que o uso dos equipamentos de segurança é fundamental para reduzir a probabilidade de um acidente grave. ''O uso do capacete reduz a possibilidade de traumas no crânio e cegueira'', diz. ''Hoje vemos mais lesionados dando entrada no hospital, o que é uma boa notícia. Antes, o número de mortos no local era maior'', diz.
Fonte:Gazeta do Povo

COMENTÁRIO DE FÁTIMA CANEJO

São vários os fatores que contribuem para o aumento de acidentes com moto, além dos abordados nesta reportagem, como, faixa etária entre os jovens de 18 a 24 anos, facilidade na compra da moto, imprudência e falta de domínio com o veículo, vale salientar um item importantíssimo que é o fato da não municipalização do trânsito na grande maioria dos municípios brasileiros, falta de fiscalização e educação contínua por parte dos departamentos de trânsito, principalmente nos municípios do interior dos estados.

Faço aqui uma observação para a análise do Dr. Luiz Carlos Sobania, que se refere a moto como veículo individual, ou seja, só o piloto pode estar sobre a moto não podendo transportar outra pessoa.

A moto utilizada pelo mototaxi é considerada um transporte individual de PASSAGEIRO. Piloto + passageiro, não sendo permitido transportar mais de um passageiro por viagem para não causar o desequilíbrio e fatalmente em caso de risco não contribuir para um acidente.

Quanto ao Brasil ter até mototaxi, é bom que saiba que o mototaxi também existe em diversos países e que veio da Venezuela para cá. O profissional mototaxi não contribui para o aumento das estatísticas de acidentes no trânsito. Muito pelo contrário, quando foi aprovada a Lei 12009/2009 que regulamenta a profissão no País, foi exigido curso e equipamentos de segurança, como também idade mínima de 21 anos de idade e carteira nacional de habilitação - categoria A a pelo menos 2 anos. Infelizmente em muitos municípios, os prefeitos não têm compromisso com o povo, pois o trabalhador continua na informalidade e os Detrans ainda não liberaram o curso obrigatório da Resolução 350 do CONTRAN - CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO para qualificar estes profissionais e melhorar o serviço oferecido à população.

A parceria feita entre o BPTran e as revendedoras de moto com a finalidade de passar para os clientes noções de pilotagem segura, é válida e com certeza ajudará na prevenção de acidentes. Quanto mais informação e qualificação melhor!





JUNTOS PODEMOS SALVAR MILHÕES DE VIDAS





Juntos Podemos Salvar Milhões de Vidas é o tema da Semana Nacional de Trânsito 2011 que ocorreu entre o dia 18 e 25 de setembro em todo o território nacional.

A ação soma-se a Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito instituída em 2010 pela Organização das Nações Unidas que possui o intuito de reduzir em até 50% os índices de mortes no mundo no período de 2011 a 2020.

Para atingir a eficácia na transformação do trânsito em um espaço pacífico e seguro para todos é essencial que haja o engajamento da sociedade, governo, entidades, ONGs e grandes empresas ao movimento Parada – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito.

A Polícia Militar de Pomerode/SC iniciou seu engajamento, com palestras educativas, os quais estiveram diretamente envolvidos aproximadamente 450 pessoas, entrevistas na imprensa falada e escrita e finalizando promoveu uma blitz educativa, no Portal Sul, centro da cidade de Pomerode, os quais Alunos do Programa Aluno Guia e convidados, distribuíram lixos para veículos e folders educativos, fornecidos pela ONG Criança Segura.
Fonte:DENATRAN

HOMENS MORREM QUATRO VEZES MAIS NO TRÂNSITO

As principais vítimas são jovens de 20 a 39 anos.

Há dez anos o Brasil adere ao Dia Mundial sem Carro, movimento internacional que conclama a população a deixar os veículos em casa e refletir sobre comportamentos no trânsito e mobilidade urbana. Além do apelo para o uso de formas alternativas de transporte, o Ministério da Saúde alerta que apesar da redução de 2% das mortes no trânsito de 2009 em relação ao ano anterior, o número de mortes ainda preocupa.

De acordo com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 37.594 brasileiros foram vítimas fatais no trânsito do país em 2009, com 679 mortes a menos que em 2008, quando foram registrados 38.273 óbitos. O levantamento do Ministério da Saúde aponta, ainda, que o número de homens que morrem no trânsito é quatro vezes maior do que o de mulheres. Em 2009, 30.631 homens (81,4%) e 6.496 mulheres (18,4%) perderam a vida no trânsito.

As principais vítimas são jovens de 20 a 39 anos, faixa etária de 45,5% (17.128) do total de óbitos em 2009. Desses, 86% (14.776) eram homens. ''O homem é mais vulnerável porque está mais exposto, tanto pelo comportamento, em muitas situações, mais agressivo ao dirigir, quanto pela associação com fatores de risco, como o excesso de velocidade e associação entre álcool e direção'', analisa Marta Silva, coordenadora de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde. Dados da pesquisa Vigitel 2010, sobre indicadores de saúde do brasileiro, mostram que 3,0% dos homens entrevistados afirmaram ter dirigido após o consumo abusivo de bebida alcoólica, enquanto entre as mulheres esse percentual foi de 0,2%.

Marta acrescenta que, aliado ao consumo de bebidas alcoólicas e à alta velocidade, soma-se o aumento da frota, especialmente de motocicletas, meio de transporte utilizado por 9.268 dos 37.594 mil brasileiros que perderam a vida no trânsito em 2009, o que equivale a 24,6% do total de óbitos naquele ano.

Comparando 2009 com 2008 houve um aumento de 4% na mortalidade envolvendo motociclistas. No ano anterior, foram 8.898 vítimas. O Brasil registra uma frota motorizada de 66.116.077 de veículos, dos quais 57% são automóveis. As motos, motonetas e ciclomotores representam 26% da frota nacional, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), de março de 2011. Entre pedestres houve redução de 7% comparando os anos de 2008 com 2009.

No mundo

No cenário mundial, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, Estados Unidos e Rússia segundo o Informe Mundial sobre a Situação de Segurança no Trânsito, publicado em 2009. A estimativa da OMS é que, em todo o mundo, cerca de 1,3 milhões de pessoas perdem suas vidas anualmente no trânsito e cerca de 50 milhões sobrevivem feridas. O custo global é estimado em US$ 518 bilhões por ano; os custos dos acidentes de trânsito já foram estimados em 1% a 2% dos PIB dos países.

Acidentes resultam em 146 mil internações no SUS

No Brasil, foram realizadas em 2010 146.060 internações de vítimas dos acidentes no trânsito financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com um custo de aproximadamente R$ 187 milhões. Os homens representaram 78,3% das vítimas (114.285). Do total de vítimas, 69.606 estavam em motocicletas e provocaram um impacto de R$ 85,6 milhões no SUS.

No que se refere ao atendimento às vítimas de acidentes no trânsito, o Ministério da Saúde está reorganizando a rede de atenção às urgências do Sistema Único de Saúde, por meio do programa Saúde Toda Hora. Lançado julho deste ano, o programa tem por objetivo fortalecer a comunicação entre as centrais de regulação, as UPAs e a Unidade Básica de Saúde ou o hospital para tornar o atendimento ainda mais rápido e eficaz, reduzindo mortes ou sequelas ao paciente. Esse formato de funcionamento integrado entre várias unidades de promoção, prevenção e atendimento à saúde é uma das principais características da ação.

Prevenção

Em maio de 2011, os Ministérios das Cidades e da Saúde lançaram o Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida. A meta é estabilizar e reduzir o número de mortes e lesões em acidentes de transporte terrestre nos próximos dez anos, como adesão ao Plano de Ação da Década de Segurança no Trânsito 2011-2020, uma recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) a partir da iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Plano é um conjunto de medidas para contribuir com a redução das taxas de mortalidade e lesões por acidentes de trânsito no país, através da implementação de ações de mobilidade urbana, fiscalização, educação, saúde, infraestrutura e segurança veicular, a curto, médio e longo prazos. ''As intervenções no trânsito têm que ser trabalhadas com focos: na mudança de comportamento da população, de modo que todos os usuários do trânsito tenham comportamentos e atitudes mais seguras e saudáveis, assim como a implementação de políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana e sustentável, na acessibilidade e na promoção de ambientes e entornos seguros e saudáveis'', adianta Marta.
Fonte: www.perkons.com

GASTOS DO SUS COM VÍTIMAS DE TRÂNSITO DOBRAM EM TRÊS ANOS

Estado de Minas
As despesas com acidentados em Minas saltaram de R$ 8,5 milhões no primeiro semestre de 2008 para R$ 16,6 milhões nos seis primeiros meses deste ano

Enquanto se esforça para voltar a caminhar sem a ajuda de um andador, a auxiliar de produção Elizabeth Silva de Farias, de 46 anos, já contabilizou, em um ano, cinco meses e 18 dias, duas cirurgias ortopédicas, uma cirurgia plástica, quatro meses ininterruptos de internação, fisioterapia e medicação para infecções. Sua vida mudou quando ela e o marido, que estavam numa moto, foram atingidos por um carro na estrada de Dom Silvério, cidade onde moram, na Zona da Mata. Os dois lutam para se recuperar de fraturas graves, no Hospital Maria Amélia Lins, em BH. Mensalmente, viajam à capital para tratamento. Todos os custos são bancados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A sina do casal traduz um lado da tragédia que vai além das mortes e da dor. Em plena Semana Nacional do Trânsito, dados do SUS revelam que os acidentes em Minas Gerais quase dobraram os custos para o sistema nos últimos quatro anos.

Os dados levam em conta tudo que é gasto no atendimento, das gazes e esparadrapos às cirurgias de alta complexidade, comparando-se os primeiros semestres de cada ano. O aumento dos gastos nos hospitais e postos de atendimento a acidentados conveniados com o SUS chegou a 95,8% neste ano em comparação com 2008, passando de R$ 8.517.553,27 para R$ 16.679.338,01. É quase o mesmo valor aplicado pelo sistema na Região Sul do país, de R$ 16.909.692,17. No Brasil, o encarecimento foi de 93% dentro do mesmo período, saltando de R$ 57.573.941,42 para R$ 111.179.883,67.

E os recursos chegam a ser ainda maiores do que o emprego meramente medicinal. De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), somando-se todos os gastos de estrutura médica, transporte de feridos, remoção de corpos, previdência pública, danos a automóveis e cargas, Minas teve prejuízo de R$ 2,8 bilhões em 2008 com acidentes terrestres. O valor é o mesmo que o governo federal pagará à empreiteira baiana Odebrecht pelas obras nos estádios Itaquerão (SP), Maracanã (RJ), Arena Fonte Nova (BA) e Arena Pernambuco (PE) - um terço dos estádios programados para a Copa de 2014.

Pelos dados do SUS, Minas só perde para São Paulo no volume de recursos empregados para tratar acidentados, em número de internações e mortos. A média de dias em tratamento das pessoas feridas e dos que vem a morrer manteve-se em 6,3 dias nos últimos anos. Mas, enquanto em 2008 houve 6.174 internações, esse número subiu para 8.892, no ano passado, chegando agora a 9.162. As mortes também aumentaram, de 293 há três anos para 338 em 2010 e 347 neste primeiro semestre.

Atendimento de urgência

Para o consultor da Secretaria de Estado de Saúde e presidente do Grupo Brasileiro de Acolhimento com Classificação de Risco (GBACR), Welfane Cordeiro, o encarecimento ocorre pela melhoria gradual do tratamento nos hospitais. ''As condições de tratamento têm melhorado nos hospitais, possibilitando acesso ao tratamento adequado. O que ainda precisa ocorrer é investir nos sistemas de atendimento de urgência, que podem reduzir em até 50% as mortes. Exemplo disso é o João XXIII, que já tem até heliponto para reduzir o tempo de atendimento'', disse.

A violência nas estradas colabora decisivamente com o inchaço do sistema. Das 3.680 mortes no trânsito computadas pela Secretaria de Educação no ano passado, 1.344 (36,5%) ocorreram nas rodovias federais de Minas. O porta-voz da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Aristides Amaral Júnior, afirma que o aumento da frota e a imprudência são os ingredientes decisivos para o aumento da violência no trânsito. ''A falha humana continua sendo as principal causa de acidentes. Velocidade incompatível com a via, ultrapassagens indevidas, falta de atenção, principalmente na BR-381, a campeã de mortes'', disse.

Enquanto isso, com dificuldades para trabalhar e sustentar os três filhos, e depois de gastar as economias com a adaptação da casa e outros gastos, a auxiliar de produção Elizabeth Silva de Farias e o marido se preparam para mais uma batalha. Ela tem uma cirurgia na perna direita marcada. A situação dele é ainda mais delicada. Teve o movimento da perna direita comprometido e pode ficar com o braço direito paralisado. ''Sei que nunca mais terei a mesma firmeza nas minhas pernas e tenho dúvidas se vou conseguir trabalhar como antes'', desabafa Farias.

Quem vive um drama também é a dona de casa Andrea Luiza Pereira, de 45 anos. Depois de quase dois meses lutando para recuperar a força do braço direito, ela ainda tem longa batalha pela frente. Vítima de atropelamento na porta de casa, no Barreiro, em BH, ela já passou por três cirurgias e ainda precisa de muitas sessões de fisioterapia. Da tragédia, ficou o trauma de ser pedestre em uma cidade onde quem anda a pé não tem preferência. ''Mudou muita coisa. Fiquei com medo de andar na rua''. E para o futuro, a certeza: ''A gente precisa ter muita atenção e só atravessar na faixa'', alerta.

Análise da notícia

Prevenir e punir

Paulo Nogueira

Prevenção e punição são duas premissas essenciais para combater a carnificina diária nas cidades e nas estradas. Sem educação eficiente, principalmente começando nas escolas, para conscientizar (futuros) motoristas sobre a importância do respeito às leis de trânsito, os acidentes vão continuar em números assustadores. Da mesma forma, é preciso o rigor da lei para punir infratores que insistem em abusar da velocidade, fazer ultrapassagens proibidas, dirigir alcoolizado e/ou inabilitado, entre outras barbaridades. A Justiça ainda é branda com quem causa mortes no trânsito, por exemplo. O resultado está aí: o alto preço pago com dinheiro público e o sofrimento sem fim de milhares de vítimas e familiares.

Fonte: www.perkons.com

ATRAÇÃO DO SALÃO DUAS RODAS EM SÃO PAULO


Pilotos espanhóis Jordi Pascuet e Marcel Justribó desafiam a lei da gravidade em apresentações diárias de trial indoor e quebra de recorde mundial

Belo Horizonte (MG)
– A Gas Gas levará o melhor do trial ao Salão Duas Rodas, que será realizado de 4 a 9 de outubro no pavilhão de eventos do Anhembi, em São Paulo (SP). Os pilotos espanhóis Jordi Pascuet e Marcel Justribó prometem desafiar a lei da gravidade em apresentações diárias, em um espaço dedicado à prática do esporte ao lado da Praça de Alimentação (Rua L). No sábado, dia 8, às 21h30, a dupla irá buscar o recorde mundial de subida em parede vertical com moto trial.
Fonte:Motokando.com

MOTOTAXISTAS DE PORTO VELHO/RO SÃO CAPACITADOS DURANTE SEMANA DO TRÂNSITO

A rotina de trabalho, postura junto à sociedade, o bem estar físico e mental, legislações, primeiros socorros e cuidados para evitar acidentes foram alguns dos temas abordados durante a capacitação dada aos mototaxistas, realizada na noite desta quinta feira, 22, no auditório da Fatec. Promovido pela prefeitura de Porto Velho através das secretarias municipais de Trânsito (Semtran), de Educação (Semed) e de Saúde (Semusa), em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia e a Policia Rodoviária Federal, o evento é parte integrante da programação da Semana Nacional de trânsito, que teve atividades realizadas durante toda a semana em Porto Velho.

O objetivo é reduzir o índice de motos envolvidas em acidentes. “Esta é a primeira de muitas capacitações realizadas pela prefeitura no sentido de instruir o mototaxista a ter uma conduta defensiva. Além disso, é uma atualização com relação ao trânsito, ao final irão receber um certificado de participação que constará no currículo”, afirma João Marcos Mendes, secretário adjunto da Semtran. Para João Marcos essas capacitações devem ser periódicas. “Convidamos a todos os condutores, no entanto, para que possamos atender um número maior, uma vez que muitos não vieram devido ao horário de trabalho. Mas, realizaremos outra palestra com espaço de tempo mais curto para que todos sejam favorecidos”, disse João.

Segundo João Henrique Miranda, presidente do Sindmoto, o trabalho dos mototaxistas é maior ao meio dia, final da tarde e começo da noite, hora em que o trânsito requer muita atenção. “Como profissionais, nós nos acomodamos e não percebemos cuidados mínimos que poderíamos adotar no dia-a-dia. Queremos continuar a parceria com a prefeitura para que possamos ter capacitações, reciclagens tudo para que nossa categoria cresça e melhore”, comenta João Henrique.

Hassan Mohamad Hijazi do Detran, afirma o trabalho em parceria com a prefeitura e PRF possibilita uma oportunidade de instruir os condutores. “Queremos alcançar todos os mototaxistas para eles entenderem a responsabilidade com o trânsito, que se preocupem com a própria vida e com as que estão carregando, e ainda, trabalhar a educação, pois o número de mortes com moto é muito grande”, afirma Hassan Mohamad.

A palestrante da PRF inspetora Neuza Maria Mathiazzo, explicou sobre a importância de estar com a saúde em dia e ter uma boa relação familiar, sobre o acidente de transito ser um crime que pode ser evitado se houver prudência e não houver perda de atenção. “Aqueles que respeitam as leis de transito sofrem também acidente, devido à falta de constante previsibilidade, observando locais considerados de risco como uma faixa de pedestre um cruzamento ou ultrapassagens arriscadas, o número de acidentes com motos diminuirá”, explica Neuza.

Os mototaxistas comentaram suas impressões sobre a iniciativa. “Ajuda a desenvolver o nosso conhecimento do trânsito, com o passar do tempo a gente se esquece da legislação, dos primeiros socorros, e esta palestra esta me fazendo relembrar dos pontos esquecidos, temos te ter atenção no trânsito”, afirma Claudeones Souza. “Foi feito um treinamento e cursos de direção, acredito que com essas atitudes iremos diminuir e ter consciência do trânsito não trazer o problema de casa para o trânsito, evitar misturar a velocidade com a raiva ocasionada por problemas familiares”, comenta Fábio Marcelo da Silva. Ao final houve uma confraternização e sorteios de camisas, quatro capacetes, bonés e garrafas de água personalizadas.

Fonte:www.rondoniadinamica.com

COMENTÁRIO DE FÁTIMA CANEJO

Parabéns João Henrique, companheiro de luta pelo belo trabalho do SINDMOTO. A LUTA CONTINUA SEMPRE....Abraço da amiga Fátima

VEREADOR DE ITAJAÍ/SC QUER AUDIÊNCIA SOBRE MOTOTAXISTAS E MOTOBOYS

Se depender do vereador Marcelo Werner, do PCdoB, o debate sobre a Lei que regulariza a profissão dos mototaxistas e motoboys de Itajaí já tem data acontecer. Werner protocolou na Câmara de Vereadores o pedido para a realização de audiência pública no dia 19 de outubro, na Casa Legislativa do município.

Marcelo já havia solicitado uma audiência no primeiro semestre deste ano, mas acordou com a bancada da situação que aguardaria até a data de 14 de setembro para que o Executivo apresenta-se na Câmara o projeto de Lei. Como isto não aconteceu, o vereador do PCdoB pretende não estender mais o prazo.

Para o proponente, o debate sobre a regularização da profissão dos mototaxistas e motoboys é fundamental para que seja discutida uma Lei que atenda as necessidades dos profissionais e da comunidade que utiliza o serviço. Além da classe dos trabalhadores e da sociedade, a audiência também teria a função de trazer as autoridades responsáveis para a conversa. “Hoje, tanto o usuário, quanto mototaxistas e motoboys, não têm uma prestação de serviço com total segurança, pois não é uma profissão regularizada em nosso município”.

Segundo Werner, os próprios membros da categoria o procuraram solicitando um debate aberto sobre o tema, para tirar dúvidas sobre a regulamentação e expor sua opinião para as autoridades encarregadas de elaborar a Lei. Marcelo lembra que em outros municípios da região as profissões em questão já estão regularizadas, tendo em vista que o Governo Federal também autorizou os municípios a tratarem com autonomia do assunto. Entretanto, apesar de ser um assunto debatido há anos em Itajaí, ainda não há um projeto de Lei finalizado pelo poder Executivo para a apreciação da Câmara de Vereadores.
Fonte:www.vermelho.org.br
Anderson Davi



MOTOTAXISTAS QUEREM ISENÇÃO DAS TAXAS DO CURSO DE FORMAÇÃO

Mais de 200 mototaxistas de Ji-Paraná estiveram na última terça-feira (27), no auditório da Câmara de Vereadores, para solicitar apoio na questão da isenção das taxas abusivas que estavam sendo cobradas pelo Eptran (Escola Pública de Trânsito), por meio do Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) no município, órgãos ligados ao Detran e a EMTU (Empresa Municipal de Transporte Urbano). Os profissionais reclamaram da taxa de R$ 133,29 que a entidade estava cobrando para que eles participassem do curso obrigatório de Formação em Mototaxista e Motofrentista.

Conforme os mototaxistas, a taxa é abusiva, pois ele tem informações que em outros municípios houve uma parceria com o Detran e teve meia bolsa ou uma bolsa inteira para que os profissionais participassem do curso.
O mototaxista Celino Barros disse que a maioria dos profissionais quer a não cobrança da taxa do curso. “A Eptran é uma escola pública de trânsito, então porque vai cobrar uma taxa neste valor para realização de um curso que é obrigatório e conforme a Lei 12.009, seria oferecido gratuitamente aos mototaxistas de todo o país”, enfatizou.

O presidente do Sindicato dos Mototaxista em Ji-Paraná, Antônio de Freitas Fernandes disse que se houver a cobrança desta taxa, o Ciretran e a EMTEU irão arrecadar mais de R$ 43 mil, já que são obrigados a fazerem o curso, tanto o mototaxista como o seu auxiliar, que são 200 profissionais multiplicados por dois, num total de 400 pessoas.

A equipe de reportagem do CP tentou manter contato com o diretor do Ciretran em Ji-Paraná, Adílson Almeida, mas não conseguiu. A assessoria informou que o órgão havia cedido somente os palestrantes e a EMTU é a responsável pela aplicação do curso para os mototaxistas.

O curso de Formação em Mototaxista tem como objetivo capacitar os profissionais a desempenhar suas funções com responsabilidade e ética profissional, qualificando-os para atuarem com respeito, responsabilidade e cortesia no transporte de passageiros e de carga no trânsito urbano de suas localidades.

Os mototaxistas e motofretistas vão aprender noções básicas de legislação de trânsito, uso dos equipamentos de segurança e da prudência no trânsito. Haverá módulos específicos para quem transporta pessoas e para quem transporta mercadorias. Para passar, o profissional terá de acertar 70% do questionário, cujo estudo será voltado para noções básicas de legislação, segurança, capacidade de lidar com imprevistos e elaboração de rotas alternativas, por meio do conhecimento da cidade.

MEIA BOLSA – Durante a sessão da última terça-feira (27), a vereadora Solange Pereira (PMDB), sensibilizada com a causa dos mototaxistas, manteve contato com a Casa Civil do Estado, conseguindo meia bolsa para que os profissionais realizassem o curso. Uma reunião marcada para hoje (29), com o diretor do Ciretran em Ji-Paraná, Adilson Almeida, definirá os rumos para a liberação da meia bolsa para os mototaxistas. As taxas de inscrições se encerram amanhã (30), sendo que o curso inicia no dia 24 de outubro e se encerra no dia 30, num total de 30 horas de duração.

Fonte:Jornal Correio Popular de Rondônia

CERCA DE 30% DOS MOTOTAXISTAS DE CONCÓRDIA/SC ESTÃO IRREGULARES E CATEGORIA PEDE PROVIDÊNCIAS

Os mototaxistas de Concórdia continuam em um grande impasse. De um lado, os que se regularizaram e estão trabalhando dentro das normas legais. De outro, os que permanecem na irregularidade e lucrando com a situação. A Informação é de que 30% dos prestadores deste serviço não estão em dia.

Claudiomiro Germano, representante da classe, confirma que a fiscalização não está sendo feita e que os mototaxistas não sabem o que fazer, e estão aguardando um posicionamento da Prefeitura.

Segundo Claudiomiro, há um receio de que aumente muito a quantidade de mototaxistas irregulares agora no verão. Por isso, a categoria sugere que a Prefeitura isente o pagamento das taxas cobradas até que se faça a fiscalização.

Fonte:www.radiorural.com.br


VEREADOR COBRA LEGALIZÇÃO DOS MOTOTAXISTAS E CRITICA TRANSPORTE PÚBLICO

O vereador por Maceió, Paulo Corintho (PDT), cobrou – durante a sessão ordinária desta quarta-feira (28) na Câmara Municipal – a legalização da atividade e, por consequência, dos diversos mototaxistas que trabalham de forma clandestina por toda capital alagoana.

Para o vereador, é inaceitável que os pais de família que trabalham e se deslocam com ‘os mototaxistas’ sejam expostos a ilegalidade por determinação ou simples desejo da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT).

“O órgão defende que a população corre um sério risco sendo transportada por motos, isso não existe. O verdadeiro perigo se encontra quando os passageiros são expostos a ônibus enferrujados, quebrados sem condição alguma de transporte. É necessária uma discussão ampla para debater esse tema e resolvermos esse impasse”, esbravejou o vereador.

Corintho colocou ainda que diante de uma realidade caótica do trânsito de Maceió, os mototaxistas desempenham um papel fundamental no dia-a-dia.“Presidente, tenho caminhado em Maceió e observo o nível de insatisfação da sociedade em relação ao transporte coletivo. Apesar das críticas, o serviço continua com sérios problemas e sem solução”, pontuou.

O vereador finalizou o discurso relatando que com a legalização, a prefeitura de Maceió, INSS e outros ganhariam de forma satisfatória com a proposta. “Não podemos deixar que os pais de famílias que trabalham, ainda clandestinamente, sejam penalizados por interesses individuais. O parlamento é a casa do povo e é nossa função legislar em prol da sociedade”, colocou, sugerindo aos vereadores a realização de uma Sessão Pública para colocar em debate a proposta.

Fonte:ojornalweb.com

COMENTÁRIO DE FÁTIMA CANEJO

Parabéns ao Vereador Paulo por sua posição em relação a esta problemática que precisa ser amplamente debatida e reconhecida. Realmente todos iriam ganhar com a regulamentação dos profissionais de mototaxi aí em Maceió. A Lei Federal 12009/2009 que regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, ”mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e ”motoboy com o uso de motocicleta, ” já está em vigor há 2 anos e cabe aos municípios decidir pelo reconhecimento desta categoria. Com a regulamentação da profissão pelo município, estes profissionais serão beneficiados em todos os sentidos, a começar pelo direito ao trabalho, retirando da informalidade, melhorando a condição de vida e proporcionando uma aposentadoria para o futuro, qualificação profissional, direito de isenção IPVA, possível isenção de IPI e ICMS, sair da informalidade com o programa empreendedor individual com direito a CNPJ e direito a linha de crédito para renovação da frota, etc., além de oferecer um serviço de qualidade para a população usuária deste serviço está também elevando o nome da cidade. O transporte também faz parte da cadeia do turismo. UMA CIDADE BEM CUIDADA O TURISTA VOLTA!

Estarei torcendo para que o poder legislativo e executivo cumpra com suas obrigações executando ações políticas que venham a favorecer a sociedade.

Abraços da amiga e companheira de luta Fátima Canejo

MOTOTAXISTAS "INVADEM " RUAS DE MACEIÓ/AL

Mototaxistas conquistam clientela mesmo com serviço irregular
Antes um serviço restrito aos municípios do interior de Alagoas, os mototaxistas invadiram Maceió, sobretudo as regiões periféricas. Mas a atividade ainda funciona na irregularidade, pois não há uma lei que regulamente o serviço na capital. De um lado do debate, há a questão da segurança dos passageiros; do outro, o fator econômico e social.

Djalma Barbosa tem 50 anos e estava desempregado até um ano atrás, quando começou a prestar serviço de mototáxi no bairro de Bebedouro. “Com a minha idade, não conseguiria mais um emprego formal. Agora, como mototáxista, eu consigo sobreviver. O sustento da minha família eu tiro disso", declara Djalma.

Em Bebedouro, um das regiões de Maceió em que o serviço tem maior adesão, é possível encontrar pontos de mototáxi. Mesmo ilegais, eles são bem identificados e estão localizados na principal via do bairro, a Av. Cícero de Góes Monteiro.

Além do próprio sustento, os mototaxistas destacam os benefícios que a atividade traz para a sociedade. “Sem mototáxi, muita gente não chegaria ao trabalho no horário. O trânsito é um absurdo aqui em Bebedouro", afirma o mototáxista Ferreti Lopes.

O estudante Joemir Meira, de 19 anos, faz uso constante do serviço de mototáxi. Ele diz que a rapidez com que consegue chegar ao seu destino é a principal vantagem. “Às vezes, passo uma hora esperando no ponto para poder pegar um ônibus que, por causa do trânsito, demora demais pra chegar. Com o mototáxi, basta eu vir aqui no ponto e em 10 minutos eu chego em casa", diz Joemir.

Além da velocidade, o preço também é um atrativo para boa parte da população. Em Maceió, as corridas podem variar de R$ 3 a R$ 8.

REGULAMENTAÇÃO

Para que haja uma regulamentação da atividade de mototáxi é preciso que um projeto de lei de autoria da vereadora Fátima Santiago seja aprovado na Câmara Municipal de Maceió. Mas a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) é contra a regulamentação do serviço.

Conforme informou a assessoria da SMTT, a motocicleta é um veículo perigoso e mais propenso a acidentes com consequências graves, principalmente no trânsito caótico da cidade.

Além disso, a secretaria alega que isso não resolve o problema de locomoção da cidade, uma vez que os mototáxis levam apenas um cliente por vez. Ela afirma que, em vez de regulamentar a atividade de mototáxi, é preciso melhorar o transporte público de massa e que o advento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a licitação dos ônibus deverá contribuir para isso.

Os mototáxistas, no entanto, exigem a regulamentação e reclamam da fiscalização da SMTT. “Para perseguir pais de família, eles perseguem. Agora com as empresas de ônibus lotados, que ninguém consegue nem se mexer, eles não fazem nada. Os donos das empresas podem ganhar dinheiro, mas a gente não”, declarou Djalma.
Fonte:Gazetaweb.com
(Foto: David Lucena)

PREFEITURA ESCLARECE LEI A MOTOTAXISTAS

A Prefeitura de Votuporanga reuniu mototaxistas e motoboys da cidade para esclarecer a lei número 4986, de 30 de agosto de 2011, que regulamenta a atividade, aprovada pela Câmara e sancionada pelo prefeito Junior Marão. Poucos profissionais, aproximadamente seis, participaram do evento, que aconteceu na manhã de ontem, no auditório da UAB – Universidade Aberta do Brasil, e segue na manhã de hoje.

O responsável pela pauta dos encontros, Thiago Caproni, apresentou a lei e os mecanismos para a formalização das atividades. Os participantes também tiveram acesso às fontes de financiamento e interação com as concessionários/apoiadores.

O Capitão Edson Favero, comandante da Polícia Militar em Votuporanga, participou da reunião.
Todos receberam folhetos com a lista de documentos necessários para a regularização dos serviços de mototáxi e motofrete e também para a liberação do alvará de licença para as agências.

Tiago explicou que todo mototaxista/ fretista deve cadastrar-se e pagar taxa de licença na Prefeitura; usar colete aprovado pelo INMETRO com o número do registro nas costas; disponibilizar capacete para o passageiro; oferecer ao usuário touca higiênica descartável; se trocar de moto, requerer expedição de nova autorização; e comunicar qualquer alteração de endereço.

A autorização para ser mototaxista será única para cada condutor e motocicleta e deve ser renovada anualmente. O limite de motocicletas, motonetas e mototaxistas será fixado de acordo com o espaço físico de cada agência, observando os aspectos de segurança e higiene do local.

Tiago Caproni ressaltou que “a lei será respeitada e quem não estiver enquadrado não poderá trabalhar, por isso é fundamental que o verdadeiro profissional esteja por dentro das normas para exercer com tranquilidade, segurança e regularidade sua atividade”.

Para ser mototaxista é preciso ter habilitação de categoria A por pelo menos dois anos; 21 anos de idade completos; e não ter cometido infração de trânsito nos últimos 12 meses.
Aos motofretistas é obrigatório o uso de baú de carga com faixas retrorrefletivas e é vedado o uso simultâneo de sidecar e semirreboque.

A moto deve ser de no mínimo 124 cilindradas, ter no máximo 10 anos de uso; ser registrada ou alugada em nome do condutor; ter placa vermelha; ser de cor vermelha, se compradas a partir de janeiro de 2012; e conter dispositivo de proteção para pernas (mata-cachorro), aparador de linha e protetor no escapamento contra queimaduras.
Os capacetes, a partir de janeiro de 2013, deverão ser na cor preta com faixas retrorrefletivas atrás.
Para mais informações: 3422-3043

Fonte: A Cidade Jornal de Votuporanga

29/09/2011

CRESCE NÚMERO DE FLAGRANTES DE MOTORISTAS SEM HABILITAÇÃO NO CEARÁ

O Ceará tem registrado um crescimento no número de flagrantes de motoristas sem carteira de habilitação. Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que, em 2011, quase 15 mil notificações foram registradas. No mesmo período do ano passado, os números chegavam a pouco mais de 9 mil.

De acordo os números do Detran, o índice de pessoas flagradas dirigindo sem habilitação em 2011 é quase o dobro do mesmo período do ano passado. Enquanto os meses de janeiro a setembro de 2010 somaram 5.115 infrações, 2011 já chega a 9.135 registros.

Dados da PRE seguem no ritmo de aumento do número de infrações. Entre os meses de janeiro a agosto do ano passado, 2.200 notificações foram efetuadas com base no artigo 162. Já o ano de 2011 registrou um aumento de 571 infrações, com 2.771 casos.

A PRF registrou um crescimento 297 infrações entre os meses de janeiro a agosto de 2010 e 2011. Enquanto no ano passado 1997 pessoas foram flargradas conduzindo um veículo sem permissão, em 2011, o número chegou a 2.294

De acordo ainda com a PRF, a maioria das infrações são registradas na BR 166 e a minoria na BR 230.

Fiscalizações e punições

Apesar do aumento no número dos índices de pessoas conduzindo veículos sem habilitação, os órgãos esclarecem que as fiscalizações continuam. De acordo com a PRE, de segunda a quinta-feira, são realizadas 10 blitze em conjunto com o Detran e, às sextas, sábados e domingos, 17.

O Detran informou ao Diário do Nordeste Online que uma pessoa flagrada dirigindo sem estar habilitada tem o veículo recolhido e o proprietário é multado em R$ 574,72, com 7 pontos na carteira de motorista. A infração é considerada gravíssima.

Acesso à habilitação

Um dos motivos que explicam o aumento de infrações podem estar ligados ao alto valor pago para adquirir uma CNH. Em duas auto escolas pesquisadas em Fortaleza, uma carteira de habilitação na categoria A custa, em média, de R$ 610 a R$ 690 reais. Já a categoria B custa de R$ 730 a R$ 750. As duas categorias juntas podem ser adquiridas por R$ 1070 a R$ 1180. Todos os valores podem ser financiados em seis parcelas.

Em uma auto escola localizada em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, a carteitra de habilitação na categoria A pode ser adquirida por R$ 590. Já a B e AB custam R$ 730 e R$ 1020, respectivamente. O pagamento também pode ser financiado em até seis meses.

Uma auto escola no município de Iguatu, no Centro-Sul do Estado, disponibiliza a CNH para as categorias A, B e AB por R$ 688, R$788 e R$ 1888, respectivamente, podendo ser paga em quatro parcelas.

O Detran afirma que, para evitar esse tipo de atitude por parte dos motoristas, por meio do órgão, o Governo do Estado implantou em 2009 o programa Carteira de Motorista Popular, que objetiva beneficiar pessoas de baixa renda com CNH de forma gratuita para a categoria A. Para participar, o beneficiado precisa possuir idade igual ou superior a 18 anos, saber ler e escrever e estar incluso no programa Bolsa Família.

Motocicletas são maioria

De acordo com informações do Detran, a maior parte dos motoristas flagrados sem habilitação conduzem motocicletas. O órgão ainda afirma que os índices chegam a mais de 50% em comparação com outros veículos.

O baixo preço e as facilidades na hora da compra as motocicletas podem explicar os altos números. Em uma revenda localizada em Quixadá, no Interior do Estado, - onde o veículo é bastante popular - a motocicleta mais em conta pode ser adquirida por uma entrada de apenas R$ 151 e 50 parcelas de R$ 167.

Fonte:Diário do Nordeste/Ana Beatriz Sugette

COMENTÁRIO DE FÁTIMA CANEJO

Além da facilidade para se adquirir uma moto devemos levar em consideração a falta de fiscalização e a NÃO EXISTÊNCIA do trânsito municipalizado, que consiste em integrar os órgãos de trânsito e rodoviários municipais no Sistema Nacional de Trânsito, conforme prevê a Resolução 296/08 do CONTRAN-Conselho Nacional de Trânsito. Trata-se de um processo legal, administrativo e técnico, por meio do qual o município assume integralmente a responsabilidade pelos seguintes serviços: engenharia, fiscalização, educação para o trânsito, levantamento, análise e controle de dados estatísticos e Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – Jaris. Este é um fato comum na grande maioria dos municípios do estado, contribuindo assim, para a falta de habilitação, aumento no índice de acidentes e óbitos, onerando os cofres públicos e superlotando os hospitais. É necessário que o poder público faça sua parte implantando o Departamento de Trânsito em cidades com mais de 20 mil habitantes para mudar esta realidade não só no estado do Ceará mais no Brasil como um todo. Para informação: Consulte a pesquisa realizada pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS, SOBRE A MUNICIPALIZÇÃO DO TRÂNSITO, onde revelou que apenas 748 dos 5.241 municípios pesquisados, implantaram o processo de municipalização.

É absurdo o número de menores pilotando motos pelo interior do estado, como também agricultores que trocaram o cavalo ou jumento pela moto e utiliza este meio de transporte sem nenhum conhecimento e domínio, contribuindo com os acidentes e muitas vezes perdendo a própria vida. COMO PODEMOS PARTICIPAR DE UMA CAMPANHA DE TRÂNSITO FAZENDO VISTA GROSSA PARA ESTA REALIDADE QUE CADA VEZ MAIS TORNA-SE CAÓTICA. PENSE NISSO!



SEMANA DO TRÂNSITO DO MUNICÍPIO DE LUIZ EDUARDO MAGALHÃES/BA : Café da manhã marca o encerramento


A Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, por meio da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Trânsito, realizou um Café da Manhã, em homenagem ao encerramento da Semana do Trânsito. O evento aconteceu na última sexta-feira, 23, no Promati. O Prefeito Municipal Humberto Santa Cruz e o o secretário de Segurança, Ordem Pública e Trânsito, Éder Fior, abriram o evento agradecendo a participação dos taxistas e mototaxistas entre outros segmentos presentes.

Identificação do trabalhador, uso e transferência de coletes e a responsabilidade no trânsito foram questões pontuadas durante o diálogo com as categorias, alí reunidas. Na ocasião, o secretário Fior fez uma apresentação sobre o Sistema de Sinalização Horizontal e Vertical para Luís Eduardo Magalhães. As imprudências no trânsito cometidas por condutores de veículos motorizados foi tema de palestra proferida psicóloga Rubia Franciosi, perita em Trânsito.
“Estamos administrando o trânsito nesta cidade de forma responsável, valorizando os profissionais mototaxistas e taxistas para que eles prestem um serviço de qualidade à população”, disse o Prefeito, ressaltando a importância do controle do número de coletes.

Santa Cruz também ressaltou em sua fala avanços como a construção de mais casas populares e informou sobre infraestrutura. “Em dois anos de gestão fizemos sete vezes mais asfalto que em todos os anos anteriores, desde início da cidade”.

O Vereador Sidnei Giachini, líder do Governo na Câmara, ressaltou que a Casa está a disposição para apoiar projetos de melhorias para o trânsito.

O evento contou com a participação do presidente do Sindicato dos Taxistas de LEM, Emerson de Assis, Presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Silvano Oliveira, representante da Associação dos Taxistas, Noé, Vereadora Cleidi Bosa, entre outros presentes.

Fonte:Jornal Nova Fronteira/Por Carlos Magno


DETRAN-CE REALIZOU SEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO QUE ALERTOU PARA SALVAR VIDAS


O DETRAN-CE ralizou a Semana Nacional de Trânsito, que aconteceu de 18 a 25 deste mês, com o tema “Década Mundial de Ações Para a Segurança do Trânsito - 2011/2020: Juntos Podemos Salvar Milhões de Vidas”, em que remete à campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) que propõe reflexão dos usuários para que Pare, pense e mude o seu comportamento na via pública, na sua condição de motorista, passageiro e pedestre.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, foram registradas, em 2009, cerca de 1,3 milhões de mortes por acidente de trânsito em 178 países. No Brasil, a estimativa foi de 35 mil pessoas que morreram por acidentes no trânsito, das quais 2 mil crianças.

No Ceará a maioria dos acidentes de trânsito está relacionado com o consumo de álcool.
Pesquisa realizada pelo Núcleo de Planejamento e Controle do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), em 2009 e 2010 revela um aumento de casos. Em 2009, foram 10.570, enquanto em 2010, 13.120, ou seja, incremento de 24,12%.

Houve também aumento no número total de acidentes com vítimas. Em 2009, o Detran registrou 497 mortes. Já no ano passado, 779 óbitos, registrando aumento de 56,74%. Com relação aos feridos, o aumento foi de 18,95%. Em 2009, foram 5.926, e em 2010, 7.049.

A campanha este ano foi realizada em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Iguatu e Aracati, em que equipes visitaram bares e restaurantes, em uma ação educativa, para sugerir aos integrantes da roda de amigos, em torno de uma mesa, que o motorista da vez não beba e leve todos de volta para casa com segurança.

Mesmo com a Lei Seca, em vigor desde junho de 2008, há ainda registro de casos de acidentes provocados por motoristas alcoolizados. As equipes utilizaram material de divulgação, como papel bandeja (tipo jogo americano), bolacha para copo e adesivo para carro. Faixas também foram afixadas nesses cinco municípios, alertando para a prudência no trânsito.

Em Fortaleza, as visitas das equipes aconteceram de 17 a 25 deste mês, iniciadas a partir das 17 horas, em bares e restaurantes da Aldeota, Maraponga, Conjunto Ceará, Parangaba, Parquelândia e Messejana. Ni sábado, a visitação começou às 18 horas. Domingo (18) foi nas Barracas da Praia do Futuro. E de segunda-feira a sexta-feira, o trabalho foi iniciado às 20 horas.

A van que conduziu as equipes estava envelopada com o símbolo da campanha (uma mão, como alerta para parar, pensar e mudar a atitude no trânsito. E em Sobral, Juazeiro do Norte, Iguatu e Aracati havia uma equipe para cada município, nos dias 22, 23 e 24 (de quinta a sábado).

No domingo, a ação começou as 10 horas, na Avenida santos Dumont, próximo à Praça 31 de Março, com distribuição de panfletos e adesivos para carros. A unidade móvel de educação de trânsito atuou em vários bairros da cidade, em dias e horários diferentes: domingo (18): Parque do Cocó (manhã) e Beira-Mar (noite); segunda-feira (19): Lago Jacareí (noite); terça-feira: Conjunto Ceará (noite); quarta-feira: Praça Luiza Távora (noite) e de quinta-feira a domingo (25): Avenida Beira Mar (noite).

Fez parte ainda do calendário da Semana Nacional de Trânsito, elaborado pelo DETRAN-CE, a entrega de prêmios a 10 alunos do ensino fundamental, de escola pública e privada, da faixa etária de 6 a 10 anos, vencedores do concurso de desenhos na temática trânsito. Os desenhos foram realizados pelas crianças que participaram das atividades na Escola de Educação de Trânsito durante os últimos 12 meses, em visita guiada agendada previamente pelas escolas. O pedido de agendamento pode ser através do seguinte e-mail: escoladetransito@detran.ce.gov.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . ou pelo telefone 3101.5898.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA DO DETRAN-CE
Paulo Ernesto Serpa - 3101.5813 e 3101.5819
paulo.ernesto@detran.ce.gov.br

23/09/2011

CAPACETE - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL -EPI

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Dr. Dirceu Rodrigues Alves Jr.

Cuidados

A parte mais importante e comprometida de um motociclista num acidente é a cabeça. São comuns as fraturas de nariz, mandíbula, afundamento da face, crânio além de lesões no globo ocular e arcada dentária. As fraturas podem ser acompanhadas de lesões neurológicas como diminuição da sensibilidade, perda total da sensibilidade, estado de coma e morte. Muitas vezes, quando se consegue recuperação evolui-se com sequelas.

Pesquisas nos Estados Unidos da América do Norte mostram que a probabilidade de uma pessoa morrer dirigindo uma motocicleta é vinte vezes maior que ao volante de um carro. Sem capacete isso aumenta para sessenta vezes. Quase 80% dos acidentes com moto resultam em mortes ou ferimentos graves.

No Brasil esses números não são muito diferentes. Estamos aí com 70% dos acidentes com mortos e feridos graves.

Felizmente, hoje, 92% dos motoqueiros só circulam com capacete. Muitos são capacetes com prazo de validade vencido, com furo onde foi colocado um acessório, com ranhuras, rachaduras, com viseiras arranhadas, sem higienização, etc.

Hoje a lei permite o uso de capacete sem a proteção da mandíbula com o que não concordamos. Se vamos recomendar proteção porque só parcialmente?

A proteção do olho e da face é dada pela viseira. Estamos cansados de ver acidentes com corpo estranho que ao bater nos olhos dependendo de sua massa e velocidade pode apenas flutuar na conjuntiva, como é o caso de um cisco, encravar neste tecido e até perfurar o olho como é o caso de uma pedra levantada do solo pelo pneu de um veículo. Este tipo de acidente torna-se extremamente perigoso porque em movimento e com a lesão provocada a tendência natural e reflexa é a de se levar a mão e coloca-la no local da lesão. Com o impacto e com esse gesto a visão torna-se nula e a desorientação espacial leva o indivíduo para o solo, agrava-se o acidente.

Muitas vezes a viseira ou óculos arranhados são responsáveis por transtornos durante o dia, impedindo a visão e sendo causa de acidentes no período da noite. Mas não é só o olho, qualquer pedrinha do asfalto pode produzir lesões na face que pode ir de simples cortes a fraturas. Daí insistirmos no capacete com proteção integral. A legislação permite o capacete sem a viseira, mas obriga o uso de óculos de proteção. Esse óculos

não protege a face, restringe-se apenas ao olho e as regiões perioculares enquanto a viseira dá proteção total à face.

O capacete dá proteção total?

Não. Ele foi projetado para distribuir a energia proveniente do impacto por uma superfície maior reduzindo o trauma sobre o crânio. Desta maneira fica claro que mesmo usando o capacete não significa que estamos livres de danos. Qualquer pancada reduz a resistência do casco do capacete e do isopor de revestimento interno devendo ser substituído imediatamente porque já não dá a proteção inicial.

Levantamentos têm mostrado que mesmo com proteção do capacete, em média, 60% dos acidentes provocam danos à cabeça.

Trás inconvenientes?

Sim, trás desconforto, calor, embaça a viseira, alguns até sentem falta de ar quando colocam o capacete que recomendamos, outros se sentem mal pelo enclauzuramento. Mas ele é muito útil.

Muitos ignoram que tal proteção tem um período de validade. Estamos cansados de ver motociclistas com capacetes cheios de fita gomada porque sofreram algum impacto e lascaram ou racharam. Observe que qualquer impacto que o capacete sofra, seja de uma simples queda ao solo, é igual à inutilização do mesmo. Ele deixa de oferecer a proteção que se deseja. Está fragilizado, é necessário a aquisição de novo capacete. Além disso, como dissemos, tem um período de validade. Não existe capacete eterno. Em média a validade é de três anos. O fabricante coloca um adesivo no interior do equipamento mostrando a validade do mesmo. Com o tempo, com o uso, submetido a condições de desgaste e pequenos impactos o material torna-se frágil e não estará mais dando proteção.

Outro fator interessante para o qual poucos estão ligados é o fato desse equipamento ser de uso individual.

E por quê?

Porque na pele, couro cabeludo, nariz, olhos, boca temos milhões de microrganismos e o interior do capacete armazena esses microorganismos que para o indivíduo que os deixou ali não fazem mal, o organismo dele já reconhece e sabe se defender dos mesmos, mas para qualquer outra pessoa pode ser extremamente agressivo causando infecções localizadas ou generalizadas. Entra também à oleosidade da pele, do couro cabeludo, o suor, a chuva, a umidade do ar que tornam o ambiente propício para que este ambiente se torne um ninho de microrganismos. Além de tudo, temos que lembrar que o motociclista na via pública ao deslocar-se turbilhona a poeira do solo, assim como todos os veículos, impregnando a roupa, a pele, os olhos, a via respiratória, digestiva e o capacete do motociclista com poeiras, cistos, bactérias, vírus, bacilos, fungos, etc. A possibilidade de aparecimento de doenças é muito grande.

Por tudo isso temos que estar ligados no uso individual, jamais emprestar o capacete. Há também necessidade de higienização permanente do nosso capacete.

Entendido tudo isso estaremos rodando com muito mais segurança.

O que se recomenda?

- Viseiras limpas e sem arranhões

- Não expor o capacete a temperatura superior a 50°C

- Não modificar a sua estrutura

- Não usar derivados do petróleo ou tintas

- Consultar o manual para higienização

- Após queda ou pancada troca-lo

- Mesmo sem impactos o capacete deve ser trocado a cada três anos

- Utiliza-lo conforme legislação

- O capacete é de uso pessoal

- Deve estar bem afivelado para não se deslocar com impactos

* Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior

Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de

Tráfego Ocupacional da ABRAMET

Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. www.abramet.org.br dirceurodrigues@abramet.org.br dirceu.rodrigues5@terra.com.br


AÇÕES PARA HUMANIZAÇÃO DO TRÂNSITO E TRANSPORTE

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Dr. Dirceu Rodrigues Alves Jr.

Estamos estudando esse tema de longa data atrás de soluções viáveis de curto, médio e longo prazo. Buscamos iniciativas, alternativas que fizessem a melhor composição entre a máquina, o homem e o meio ambiente.

Como vamos sobreviver com tantas agressões?

O trânsito e transporte não estão matando só com os acidentes que a todo momento vemos estampados nos jornais. As agressões ambientais causadas pelos gases, vapores, poeiras e fuligens além de levarem milhares de brasileiros aos prontos socorros desenvolvendo doenças agudas e crônicas, matam cerca de 8.000 indivíduos na cidade de São Paulo.

O ruído, a vibração, variações térmicas, condição ergonômica, exposição a microorganismos tudo nos leva a entender que precisamos reduzir a sobrecarga de quem dirige veículos, quem é transportado e a sociedade como um todo.

Vejo a necessidade de mudanças comportamentais, educação, cidadania, conscientização, responsabilidade e tudo que possa envolver e fazer uma sociedade mais sadia, integrada, humanizada capaz de oferecer a cada um de nós o seu melhor. Dessa forma, antevejo a necessidade de ações profundas a curto, médio e longo prazo.

Em curto prazo:

Fiscalização.

Não podemos aceitar que uma grande cidade como São Paulo, por exemplo, não tenha um serviço de fiscalização de trânsito. Faz-se necessário e de imediato a atuação maciça de policiais militares envolvidos exclusivamente com o trânsito e com ações ostensivas.

Multas e Pontos na Carteira.

Essa é uma necessidade básica que necessita perdurar. Chegar ao objetivo final que seria controlar pontos somados na carteira e recolher Carteira Nacional de Habilitação quando ultrapassado os limites. Reeducar motorista infrator e reincidente e ter vigilância sobre o mesmo.

A multa não é a maneira de aumentar arrecadação (indústria da multa) como a maioria tenta popularizar, mas a única e imediata maneira de se punir, educar e fazer respeitar a sinalização e a lei. Se for registrada uma multa significa que houve uma transgreção, cabendo a punição exemplar.

Punições.

Mais severas. Rigor nas condutas negligenciadas pelos condutores.

Detenção, Prisão.

Para os que não respeitam, transgridem e reincidem.

Em médio prazo:

Educação continuada.

Ação sobre empresariado e destinatário. Observando tempo de exposição aos riscos inerentes ao trabalho executado. Jornadas longas, qualidade de vida no trabalho precária. Sacrifícios enfrentados. Mudança radical na estrutura do trabalho desenvolvido e zelo pela melhor qualidade de vida.

Em longo prazo:

Pré – escola:

A criança desde os cinco anos de idade precisa conhecer o que é mobilidade, sinais de trânsito, sinalização horizontal e vertical, como deve ser o comportamento do pedestre. Conhecer riscos e perigos da máquina sobre rodas. Ter a educação de trânsito será a maneira de conscientizá-la e torná-la responsável.

Curso secundário:

O adolescente prossegue com conhecimentos de maior profundidade atingindo as leis, resoluções, conhecendo as leis da física que atuam sobre o veículo em movimento. Dentro da biologia estudar a repercussão do ruído, da vibração, poeiras, gases, vapores, fuligem sobre o organismo humano e o meio ambiente. Uso de álcool, drogas e medicamentos que repercutem na direção veicular. A velocidade como fator de risco.

Chegarão dessa forma ao final da adolescência amadurecidos, educados, conhecendo os riscos, perigos, conscientizados e responsáveis.

Resumindo, dos cinco aos dezoito anos, isto é, em treze anos teríamos uma nova geração, uma nova cultura. Humanizados para a vida, para o trânsito e para o transporte. Maior integração, respeito e cidadania. Estariam prontos para enfrentar o Curso de Formação de Condutores.

Curso de Formação de Condutores (CFC):

Necessita de grande reformulação.

Não podemos entender que sejam passados aos candidatos conhecimentos mínimos com relação à direção veicular. Andar a 30 km/h, subir um aclive parar, não deixar o veículo recuar e fazer uma baliza (estacionamento), não pode e não deve ser o suficiente para se conceder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Precisamos fazer o candidato praticar mais, frear a 80 km/h para impedir uma colisão, circular com piso molhado freando, andar de dia, de noite, na neblina, na chuva e em todas as condições adversas que surgirão. Aplicar a direção defensiva e evasiva nas situações de risco. Conhecer os tipos de pisos, características das ruas, avenidas, rodovias. Ultrapassagens, utilização das luminárias, como se comportar diante do farol alto, como se comportar diante de um eventual acidente. Ter o mínimo de conhecimento da mecânica do veículo, acessórios de segurança e outros.

Todas as situações precisam ser passadas ao aluno através inicialmente de equipamentos eletrônicos onde todas as condições citadas serão treinadas através de simuladores. Após este longo treinamento passará a executá-lo de maneira real numa pista própria, acompanhado e orientado pelo instrutor.

Educação Continuada:

O aprendizado não para por aí. É necessária atualização permanente. Tudo evolui na vida. No trânsito e no transporte acontece a cada momento evolução tecnológica, sinais de trânsito novos, acessórios, equipamentos, legislação, tudo se modifica, o processo evolutivo não para.

Avaliação Médica:

Nos Estados Unidos da América 2% da população é capaz de executar mais de duas coisas ao mesmo tempo.

Hoje, no nosso país qualquer pessoa consegue a CNH.

Será que todos estão realmente habilitados?

Dirigir é coisa complexa e que depende de funções muitas vezes não pesquisadas.

O poder de conquista, de vaidade, de exibicionismo que um veículo pode proporcionar a seu proprietário, principalmente jovem, é capaz de levá-lo ao acidente.

Entender os distúrbios comportamentais, psicológicos, psiquiátricos, as doenças primárias existentes cabe ao profissional de saúde. Vejo necessária a ampliação da equipe médica acrescendo-se do psiquiatra e fonoaudiólogo.

Protocolos com ações preventivas longas e profundas permitirão conceder ao indivíduo realmente destinado a ser um condutor tranquilo, educado, passivo, capaz de se integrar ao meio de maneira cidadã, usando da sociabilidade, do respeito e da gentileza no trânsito.

A integração de profissionais da área de saúde que acompanham pacientes com incapacidades devem fazer notificação compulsória ao médico de tráfego e aos DETRANS para recolhimento da CNH.

Fiscalização:

Torna-se eficaz a vigilância permanente e ostensiva.

Multas:

Torna-se fator corretivo e estimula o cumprimento das normas.

Punição:

Para aqueles que estiverem em desacordo com a legislação.

Montadora ou Concessionária:

Não posso entender que ao trocar o meu veículo passo a conduzi-lo sem o conhecimento necessário sobre o mesmo.

Quando vou à concessionária para trocar de veículo, o vendedor passa a ser meu instrutor, mostrando de maneira sumária para que servem os botões ou acessórios existentes no painel. O resto é teórico, aprendido através o manual do carro.

E quem lê o manual?

E o aprendizado prático?

Hoje, com tanta tecnologia vejo motoristas ignorando determinadas funções do veículo porque entendo que poucos são os que lêem todo o manual.

Um treinamento, conhecimento da mecânica, do funcionamento e desempenho do veículo em simuladores de direção veicular e posteriormente em uma pista própria não tenho dúvida que daria um novo perfil ao proprietário. Em continuação se daria uma educação continuada com objetivo de se corrigir possíveis vícios adquiridos.

Motoristas Profissionais:

Estes precisam conhecer os riscos a que estão submetidos e as doenças ocupacionais que podem adquirir. Conhecerem mais as leis de trânsito, serem atualizados com relação à atividade que exercem. Sedimentar conhecimento na teoria e na prática de transporte de passageiros, cargas vivas, cargas mortas, leis da física sobre o veículo, pesagem, manutenção e outros.

Ação sobre empresários:

Conscientizá-los dos riscos, perigos do trabalho desenvolvido. O trabalhador não está passeando, nem tão pouco fazendo turismo, mas submetido a uma atividade insalubre, perigosa que chega a penosidade.

Conclusão:

Ações multidisciplinares precisam ser adotadas, atuando a curto, médio e longo prazo, desde a pré escola, passando pela adolescência e chegando a fase adulta com conceitos bastante diferenciados, amadurecidos, trazendo no seu bojo uma mudança comportamental que certamente tornará o trânsito e o transporte humanizados. Declinarão nossas absurdas taxas de morbimortalidade e estaremos caminhando a passos largos para o acidente o mais próximo de zero.

Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior

Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da

ABRAMET

Associação Brasileira de Medicina de Tráfego www.abramet.org.br dirceu.rodrigues5@terra.com.br dirceurodrigues@abramet.org.br