No ano passado, 60% das indenizações pagas pelo seguro obrigatório foram para vítimas
Todos os dias milhares de motociclistas se arriscam pelas ruas nas principais cidades do país. Com o aumento da frota, o número de acidentes também cresce. Em 2010, 60% das indenizações pagas pelo seguro obrigatório foram para vítimas de acidentes com motos. Percentual mais alto dos últimos cinco anos.
O mais alarmante é que as motos representam apenas 26,38% da frota nacional. A maior parte dos acidentes envolvendo motoqueiros ocorre nas grandes cidades. São Paulo, por exemplo, não vive sem os motoboys, que agilizam a entrega de mercadorias.
A moto também passou a ser utilizada por quem não aguenta a rotina dos congestionamentos. Assim, a lista das vítimas do trânsito só aumenta.
''A moto em si é um veículo perigoso e precisam ser tomados todos os cuidados possíveis para se prevenir. Sinalização, etc e orientação pedagógica, campanhas educativas, na medida do possível para evitar a exposição deles'', alerta Moise Edmond Seid, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
Três anos atrás, o vendedor José Firmino da Silva ia para o trabalho de moto. O trânsito era intenso e ele acabou espremido pelos carros e caiu.
''De imediato eu fiquei tetraplégico. Depois da primeira cirurgia eu comecei ter os movimentos dos braços. Aí com o tempo eu tive progresso normal. Hoje eu estou paraplégico'', conta.
Dois anos depois, ele ainda faz duas sessões de fisioterapia toda semana. A vida mudou.
E o meio de transporte também. Com o dinheiro que recebeu do DPVAT, José comprou um carro adaptável.
Ele fala o que imagina quando vê um motoqueiro passando ao seu lado. ''Até arrepio... É complicado... Principalmente esses que andam correndo demais'', fala José.
Para informações acesse: www.dpvatseguro.com.br
Fonte: Perkons/Jornal Globo
07/02/2011
TRANSPORTE PÚBLICO É PRINCIPAL MEIO DE LOCOMOÇÃO PARA 44,3% DOS BRASILEIROS
Portal CNT
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou nesta segunda-feira (24) o levantamento do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre mobilidade urbana.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou nesta segunda-feira (24) o levantamento do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre mobilidade urbana. De acordo com a pesquisa, 44,3% da população considera o transporte público como principal meio de deslocamento.
O levantamento evidencia disparidades nas regiões do país. Enquanto no Sudeste a média de usuários sobe para 50,7% da população, no Nordeste o percentual cai para 37,5%. Já carros particulares e motos aparecem na média nacional como os meios de transporte padrão para, respectivamente, 23,8% e 12,6% dos brasileiros entrevistados.
Quanto à qualidade, 31,3% dos entrevistados avaliaram o serviço como regular. O restante da população se dividiu entre bom (26,1%), ruim (19,2%) e muito ruim (19,8%). A melhor avaliação (muito bom) foi considerada por 2,9% dos brasileiros.
''Era de se esperar esse resultado. Entre as modalidades de transporte público como metrô, trem urbano e ônibus, este último é o mais usados em todo o país. Cerca de 90% do transporte urbano é coberto pelos ônibus e esses veículos têm sua pontualidade e qualidade comprometidos em função do trânsito, que hoje se encontra superlotado de veículos particulares'', avalia o diretor superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho dos Santos.
De acordo com o especialista, a valorização do transporte individual pelo governo desde os anos 1990 influencia esse quadro. ''Passamos por períodos de poucos investimentos públicos, mas há melhoras significativas. Em São Paulo, por exemplo, o sistema era caótico em 2000, o que foi abrandado com a implementação dos corredores de ônibus'', conclui.
Durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, ressaltou que a valorização do transporte individual também é alta entre os passageiros. ''A cada novo ônibus colocado em circulação nos últimos dez anos, apareceram 52 automóveis'', considerou. Segundo Pochmann, a frota de motos também tem aumentado. Em 2000, os automóveis eram 62,7% do total de veículos no Brasil. As motos eram 13,3%. Neste ano, os automóveis são 57,5%, contra 25,2% das motos.
O levantamento do Ipea apurou ainda que conforto, disponibilidade e preços mais acessíveis são os principais quesitos para que os não usuários de transporte público aderissem ao serviço. Na opinião do superintendente do NTU, tais demandas podem ser solucionadas nos próximos anos, com o aumento de investimentos públicos em sistemas alternativos, como os ônibus rápidos (BRTs) e os veículos leves sobre trilhos (VLTs).
''Pela primeira vez ao longo de duas décadas, a gente vê um programa nacional que prioriza sistemas coletivos independentes do tráfego urbano, com vias exclusivas. Essas iniciativas vão trazer benefícios primeiramente para as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, e devem ser ampliadas para outras grandes cidades'', considera.
As mudanças positivas nas políticas municipais começam a aparecer nas avaliações dos usuários portadores de necessidades especiais. No Sudeste, onde a fiscalização é rigorosa e a frota é renovada com maior intensidade, 51,2% dos entrevistados declararam que todos os veículos que utilizaram são adaptados às suas necessidades. O percentual cai para 31,8% no Nordeste, 27,3% no Sul, 9,1% no Centro-Oeste e 4,8% no Norte.
Fonte:Perkons-Mobilidade
Assinar:
Postagens (Atom)