28/02/2009

MOTOTAXISTAS AVALIAM LUCROS E PREJUÍZOS NO CARNAVAL 2009-Rio Branco-Acre


Os sindicatos dos trabalhadores do transporte público coletivo e público-individual avaliam de forma positiva o movimento financeiro do carnaval de 2009. Para eles, o aumento na demanda de passageiros significou lucro, tendo em vista a crise financeira e o sumiço da moeda do mercado, mas também demonstrou a fragilidade da fiscalização dos órgãos gestores do trânsito.
“Apesar de toda a organização e da atenção do nosso próprio pessoal, a fiscalização dos agentes do trânsito não deu conta de garantir que nossos pontos não fossem invadidos por particulares”, reclama o presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Rio Branco (Sindmoto), Pedro Mourão. Segundo ele, a categoria comemora o lucro financeiro de aproximadamente 30%, obtido no período, mesmo tendo tido que dividir o espaço com os “pirangueiros”.
Já o presidente do Sindicato dos taxistas, Raimundo Pereira Cavalcante, disse que a categoria não tem do que reclamar com relação ao retorno financeiro, mas reclamou da fragilidade da segurança no momento da saída dos foliões do Estádio Arena da Floresta. “A segurança foi mantida dentro do espaço reservado aos foliões, mas na saída do Estádio o descontrole chegou a ser assustador”, destaca o sindicalista.
Os taxistas estão se preparando agora para reavaliar a tarifa cobrada pelo serviço na capital, o que pode significar aumento no bolso do passageiro. De acordo com Raimundo Pereira, a categoria pode até optar por manter o preço atual, a exemplo do que aconteceu em 2005, mas o custo de manutenção dos veículos ficou mais cara e exige maior investimento financeiro.
“Tudo seria mais fácil se a ação dos clandestinos fosse contida. Para se ter uma idéia, existem 46 veículos irregulares concorrendo com o serviço de transporte de passageiros e de cargas em Rio Branco”, denuncia. Ele afirma ainda que existem três mil pontos de mototaxistas “pirangueiros” na capital, o que causa a evasão da renda no sistema.
Já o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus, Averaldo Azevedo, lembrou que as catracas eletrônicas e as câmeras de segurança instaladas nos ônibus serviram para inibir a ação dos vândalos. “A moeda circula em forma de cartão eletrônico e o dinheiro arrecadado não fica mais com o cobrador e esse fato já é uma forma de segurança para os trabalhadores”.Em relação à organização dos estacionamentos, o diretor de trânsito da RBTrans, Ítalo César, diz que a autarquia ficou responsável somente pelo gerenciamento do transporte, ou seja, fazer com que não faltassem táxis, mototaxis e ônibus para os foliões. Segundo ele, as tarefas da organização foram divididas com os demais órgãos de trânsito e com a Polícia Militar. No entanto, Ítalo César lembra que as normas foram aplicadas, tendo havido inclusive o guinchamento dos veículos particulares que foram estacionados nos locais reservados ao transporte público.

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