07/11/2011

MESMO PROIBIDOS, MOTO-TÁXIS ATUAM LIVREMENTE NA PONTE ENTRE MANAUS E IRANDUBA

Para burlar a fiscalização, mototaxistas tiram o fardamento para não serem multados nas barreiras da Arsam e da Polícia Militar, montadas nas duas cabeceiras da ponte.
Manaus -
De forma clandestina, mototaxistas de Manaus e Iranduba estão transportando passageiros pela Ponte Rio Negro. Os preços praticados variam entre R$ 5 e R$ 20, conforme constatou a reportagem. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM) proibiu o serviço de mototáxi sobre a ponte.

A reportagem utilizou mototáxis nos dois trechos (Iranduba/Manaus e Manaus/Iranduba) e conversou com mototaxistas das duas cidades. Todos os entrevistados sabem que o serviço na ponte está proibido.

Para burlar a fiscalização, eles explicam aos passageiros que precisam tirar o fardamento para não serem multados nas barreiras da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam) e Companhia de Trânsito do Amazonas (Ciatram) da Polícia Militar (PM), montadas nas duas cabeceiras da ponte.

No Cacau Pirêra, distrito de Iranduba, o preço cobrado para atravessar a ponte varia de R$ 10 a R$ 15. A Prefeitura de Iranduba concedeu 60 autorizações para a associação de mototáxis e, segundo a presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte de Iranbuba (IMTTI), Eliane Amorim, não há mototaxistas atuando sem autorização.

No Cacau Pirêra, o mototaxista deixa a farda em um posto de combustível localizado no cruzamento da estrada que dá acesso à ponte com a rodovia Manuel Urbano (AM-070). Sem nenhuma suspeita dos policiais da Ciatram, que param as motos para vistoriar os documentos do motorista e do veículo na barreira, o motoxista seguiu viagem até o outro lado da ponte.

Em Iranduba, os mototaxistas legalizados cobram de R$ 20 a R$ 15 para trazer o passageiro até a cabeceira da ponte do lado de Manaus. Tanto na sede de Iranduba quanto no Cacau Pirêra, as motos não são padronizadas.

Base

Do lado de Manaus, onde o serviço não é regulamentado, o assédio de passageiros é maior. Em frente à parada de ônibus na Estrada do Bombeamento, já existe uma base de mototaxista. Na via de acesso à ponte, na Avenida Coronel Cirilo Neves, mototaxistas se posicionam nos cruzamentos e também já montaram uma base móvel.

Foi na cabeceira da ponte, em Manaus, que a reportagem constatou a maior variação de preço: R$ 20, R$ 15, R$ 10 e até R$ 5. O valor de R$ 20 é praticado dentro da capital para levar um passageiro do Centro à Cidade Nova, na zona norte de Manaus.

Na viagem feita pela reportagem, o mototaxista tirou o fardamento e colocou na cintura, por baixo da outra camisa que estava vestindo. Ele contou que, nesta primeira semana desde a abertura da ponte, chegou a levar até quatro passageiros em um único dia.

Para o presidente da Federação dos Mototaxistas do Amazonas (Federamoto), Paulo Vitorino, a falta de regulamentação em Manaus contribui para a irregularidade. “Mesmo sem regulamentação, 2 mil motos serão padronizadas até o fim do ano. Nós apoiamos a decisão do Detran”, disse.

Fonte:www.d24am.com

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Comentando esta notícia.

Os mototaxistas de Manaus e Iranduba estão transportando passageiros de forma CLANDESTINA não só na Ponte Rio Negro, trecho proibido pelo DETRAN, mas, principalmente por não serem REGULAMENTADOS ou reconhecidos pela prefeitura como profissionais. A reportagem não diz o motivo da proibição, mas mostra claramente que a categoria ainda não está LEGALIZADA, pois o primeiro passo para a legalização é a REGULAMENTAÇÃO através de uma Lei municipal, onde estabelecerá regras para o exercício da profissão baseada na lei Federal 12009/2009, onde o veículo para transporte de passageiro terá obrigatoriamente a placa VERMELHA que indica placa de aluguel. Portanto, os mototaxistas não teriam como burlar a fiscalização. A PLACA, INFELIZMENTE, AINDA É CINZA. Por esta razão os mototaxistas retiram as batas de identificação para passar livremente pelas barreiras da fiscalização. Estou questionando aqui não a desobediência dos mototaxistas e sim a falta de compromisso do Prefeito, Vereadores, etc. que fazem vista grossa para este problema e insistem em não REGULAMENTAR ESTES PROFISSIONAIS. Em 20 de julho de 2010 os mototaxistas de Manaus fizeram um protesto pedindo a regulamentação, conforme vídeo(confira) e até a presente data nada foi definido. Não adianta padronizar 2 mil motos com a placa CINZA, continuarão CLANDESTINOS e o que é pior, perdendo seus direitos. Desculpe a minha franqueza, mas não é bem por aí... NÃO DESISTAM, LUTEM PELA REGULAMENTAÇÃO.SIGAM O EXEMPLO DOS MOTOTAXISTAS DE PORTO VELHO...BOA SORTE!

A Prefeitura de Iranduba CONCEDEU 60 AUTORIZAÇÕES para a associação de mototáxis e, segundo a presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte de Iranduba (IMTTI), Eliane Amorim, não há mototaxistas atuando sem autorização. Desculpe Sra Eliane, mas, há (ISTO É FATO) MOTOTAXISTAS ATUANDO NA ILEGALIDADE.

Por que não regulamenta? Não seria mais fácil organizar legalmente? Será falta de compromisso político? Evitaria todo este transtorno e beneficiaria OS TRABALHADORES.

Fátima Canejo

VÍDEO: MOTOTAXISTAS DE MANAUS FAZEM PROTESTO PEDINDO A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO. ESTE MOVIMENTO ACONTECEU EM JULHO DE 2010.ESTAMOS EM NOVEMBRO/2011 E ATÉ O MOMENTO A CATEGORIA NÃO FOI REGULAMENTADA.

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