O projeto de lei que prevê a obrigatoriedade do uso de colete inflável ainda não entrou em vigor. Mas, desde já, os mototaxistas revelam que existe uma grande barreira para aquisição do item de segurança: os preços desses coletes apresentam uma variação de R$1.500 a R$2.000.
Procurados pelo Jornal da Manhã, alguns profissionais afirmam estar de acordo com a iniciativa, que irá proporcionar mais segurança. No entanto, eles posicionam que o valor é muito expressivo. É o que relatam os profissionais Eduardo Júnior Ramalho da Silva e Agnaldo Rufino Alves. “Tem que ser feito um projeto desse estilo, mas que abranja toda a sociedade. Ninguém tem condições de arcar com o preço do colete. Eu tenho certeza que vai proporcionar mais segurança e tranqüilidade. Mas é muito oneroso”, posiciona Eduardo. “Eu acho que o item deveria ser mais acessível a todos. O preço é muito alto”, complementa Agnaldo.
Pelo projeto, as prefeituras, por meio de seus órgãos de fiscalização, poderão realizar as autuações. Além disto, as empresas que exploram a atividade de transporte com motocicletas ficam responsáveis pela aquisição e fornecimento dos coletes infláveis de proteção. Entretanto, outro mototaxista, que preferiu não ser identificado, acredita que os donos das centrais irão cobrar dos mototaxistas e também haverá repasse para os clientes. “Eles podem até adquirir, mas será repassado para o profissional e também para o cliente, que está no final do processo”, ressalta.
O projeto de lei, ainda em tramitação, entrará em vigor em 120 dias a contar da data de sua publicação. As estatísticas apontam que o número de acidentes envolvendo motociclistas cresce a cada ano no país. Segundo especialistas, o colete reduz em até 70% o risco de morte se usado junto com o capacete.
Fonte: Jornal da Manhã/ Repórter:João Fábio Sommerfeld
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