30/11/2011

ÁLCOOL E DIREÇÃO VEICULAR, UM BINÔMIO AVESSO À VIDA


Artigo: Dr. Dirceu Rodrigues Alves Jr.
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da ABRAMET

Álcool e direção constituem um binômio que não se coaduna. A utilização dele tem sido causa de milhares de acidentes entre nós. A bebida alcoólica é o segundo fator de risco que tem aumentado de maneira geométrica a nossa sinistralidade. Torna-se necessário esclarecimento para entendermos porque esse binômio é avesso à vida.

O álcool é um depressor do sistema nervoso central, por isso atua diretamente nas três funções essenciais para se conduzir um veículo. É a função cognitiva, motora e sensório perceptiva.

A função cognitiva envolve atenção, concentração, raciocínio, vigília e outros. Enquanto a função motora é responsável por conduzir e executar as respostas determinadas pelo cérebro que ao receber os estímulos visuais e auditivos processa-os e responde através de movimentos do corpo. A função sensório perceptiva está ligada a sensibilidade tátil, visão e audição. A perfeita integração dessas funções permite ao ser humano assumir a direção veicular. Mas, quando uma delas está comprometida, embotada, presente, mas com desníveis, a rede composta pela integração das três funções estará comprometida. Em consequência a probabilidade de se ter um acidente aumenta em quatro vezes em relação ao motorista sóbrio.

O álcool atua sobre essas funções levando a desatenção, desconcentração, raciocínio e respostas lentas, caindo o nível de vigília e respostas motoras retardadas. A visão periférica fica diminuída, passa a ter uma visão tubular, borrada, com visão dupla. Ocorre uma desorientação espacial, não conseguindo medir distâncias. A audição e sensibilidade tátil ficam prejudicadas.

O nível alcoólico necessário para alterar essas funções varia de pessoa a pessoa. Dependem de múltiplos fatores como idade, sexo, massa corporal, altura, hábito, alimentação, metabolismo e outros. Torna-se extremamente difícil estipular doses de álcool padrão já que como descrevemos a ação é multifatorial.

É interessante frisar que a bebida alcoólica dá ao indivíduo permanentemente a idéia de que está bem, não apresenta queixas, não vê contra indicações para nada, inclusive para dirigir um veículo. Sempre afirmará que o álcool ingerido não vai alterar em nada o seu desempenho. Mas que nada, altera e altera muito. Ele cita isso porque a capacidade de julgamento também está prejudicada.

Ao assumir a direção do veículo quando se está alcoolizado, a tendência natural é fazer uso de velocidades a cima do que normalmente se utiliza. Surge aí o somatório para que o sinistro aconteça e que a energia do acidente seja capaz de produzir lesões muito mais graves. Lembro que o primeiro fator desencadeante do sinistro é a velocidade.

A ingestão de álcool faz com que o indivíduo se apresente como um desorientado, dizendo coisas desconexas, voz pastosa, olhos congestionados, lentidão de movimentos, o equilíbrio está bastante comprometido, no caminhar demonstra insegurança, torna-se agressivo, impetuoso, desrespeita a todos, sente-se com plena liberdade para cometer absurdos. Nesse estado, ultrapassa seus limites, perdendo a inibição e pudor, achando-se engraçado, auto-suficiente e enfrentando qualquer situação e com grande prejuízo do julgamento.

O álcool desencadeia duas fases interessantes, uma que estimula e outra que deprime. Na fase de estímulo ocorre euforia, desinibição enquanto na segunda fase produz descontrole, alterações motoras, torpor podendo ocorrer sonolência. Inicialmente inibe nossos sentimentos e emoções nos levando a desinibição, excitação e euforia. Sentimo-nos mais libertos. Somos capazes de tudo. Não conseguimos julgar o que estamos fazendo. A desorientação é total.

Concluímos que a bebida alcoólica nos transforma, e sobre efeito dela, apresentamos distúrbios comportamentais importantes, nos transformamos, nos tornamos irresponsáveis, perdemos o comando, a personalidade, o caráter e com alterações berrantes do sistema nervoso central que nos leva aos acidentes com consequências gravíssimas para nós e para terceiros.

Beber e dirigir constitui o binômio que nos leva a lesões graves e a morte.


21/11/2011

CONVÊNIO ENTRE DF E GOIÁS PODE MELHORAR O TRANSPORTE PÚBLICO NA REGIÃO

Participantes da reunião destacaram a má qualidade do transporte público no DF e entorno.

A assinatura de um convênio entre os governos do Distrito Federal e de Goiás pode ser um caminho para resolver boa parte dos problemas do transporte público de Brasília e de cidades do entorno do Distrito Federal. A ideia foi apresentada pelo prefeito de Planaltina de Goiás, José Olinto Neto, durante audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Olinto Neto afirmou que as empresas que fazem o transporte coletivo entre o Distrito Federal e o entorno oferecem o pior e mais precário serviço do Brasil. Para ele, os principais problemas enfrentados pelos usuários são ônibus velhos e sem manutenção, preço da passagem que chega a R$ 4,50 e a falta de benefícios, como o passe estudantil.

O prefeito defendeu a abertura do mercado para que um número maior de empresas passem a oferecer o serviço. “Durante 40 anos apenas uma empresa fazia o trajeto Planaltina-Brasília. Recentemente conseguimos colocar outra empresa para prestar o serviço mediante liminar na justiça”, disse.

A deputada Flávia Morais (PDT-GO), autora do requerimento para realizar o debate, afirmou que ainda hoje vai se reunir com a bancada do estado na Câmara para discutir a minuta do convênio que pode ser firmado entre os governos do Distrito Federal e de Goiás com o objetivo de melhorar o serviço prestado. Ela disse que espera que os parlamentares trabalhem para ajudar num acordo entre os dois governos.

No próximo dia 06 de dezembro haverá outra audiência pública sobre o tema. Desta vez, o assunto será debatido na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Sem licitação
Dos 3 mil ônibus que fazem o transporte coletivo no Distrito Federal, 2,1 mil ainda operam sem licitação. A informação é do representante da Secretaria de Transporte do Distrito Federal, Adonis Ribeiro Gonçalves. “Os editais das licitações chegaram a ser lançados, mas o Tribunal de Contas do DF mandou suspender para que o governo reavalie se o modelo que temos hoje, por frota, é melhor ou pior que o modelo de gestão por área. Mas os estudos já estão sendo feitos”, afirmou.

Gonçalves disse ainda que o sistema de transporte público do DF atende 1,1 milhão de pessoas todos os dias, destes, 300 mil são de municípios do entorno.

A deputada Érika Kokay (PT-DF) enfatizou a situação irregular de empresas de transporte público que operam no Distrito Federal e no entorno. Ela disse que existe uma cartelização, os usuários pagam uma das passagens mais caras do País e recebem um serviço de péssima qualidade. “A frota está sucateada, não há fiscalização. As empresas ganham concessão pública sem licitação, sem qualquer disputa. Temos que moralizar esse serviço. Os usuários são passageiros da agonia”, acusou.

Fonte:Agência Câmara de Notícias/Reportagem – Jaciene Alves/ Edição – Marcelo Westphalem

COMISSÃO APROVA PEC (PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO) QUE AUTORIZA MUNICÍPIOS A CRIAR ÓRGÃO DE TRÂNSITO

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou na quarta-feira (16) a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/11, do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que autoriza os municípios a criar órgão de fiscalização e controle de trânsito.

Atualmente, a Constituição permite que os municípios criem guardas destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações. Segundo o autor da proposta, a intenção é atualizar o texto constitucional, já que o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) transferiu dos estados para os municípios a maior responsabilidade pela gestão do trânsito.

Pela proposta, lei específica vai regulamentar o piso remuneratório dos guardas municipais e dos agentes de fiscalização e controle de trânsito.

O relator na CCJ, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), defendeu a aprovação.

Tramitação
A PEC agora será analisada por uma comissão especial a ser criada para esse fim. Depois, seguirá para o Plenário, onde precisará ser votada em dois turnos.

Saiba mais sobre a tramitação de PECs.

Íntegra da proposta:

Fonte: Agência Câmara de Notícias - Reportagem - Oscar Telles/ Edição –DaniellaCronemberger

21 DE NOVEMBRO. DIA MUNDIA EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DE TRÂNSITO

Os números alarmantes de mortes em conseqüência da violência no trânsito motivaram a ONU(Organização das Nações Unidas), em 2005, a estabelecer todo o terceiro domingo do mês de novembro como o DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DE TRÂNSITO. Data em que são homenageadas as pessoas que morreram em virtude de acidentes de trânsito, além de suas famílias, e todos aqueles que de alguma forma tiveram suas vidas afetadas por essas tragédias.

Ao redor do mundo, entidades vinculadas à disseminação da cultura de segurança viária incentivam que governos e organizações civis realizem uma mobilização social para reivindicação de ações efetivas para a redução de vítimas e práticas sustentáveis de segurança no trânsito.

Portanto, trata-se de uma data que transcende o ritual de homenagem às vítimas para uma manifestação pela valorização da vida e aplicação de conceitos de cidadania.

Mais informações sobre essa data pelo mundo, acesse a página da ONU: http://www.un.org/en/roadsafety/remembrance.shtml

17/11/2011

PROFISSÃO REPÓRTER MOSTRA O IMPACTO DO CRESCIMENTO DA FROTA DE MOTOS NAS RUAS DAS CIDADES.

Condutores levam família, escada e até bicicleta nas motos no Nordeste.

Profissão Repórter mostra ainda a vida arriscada dos motoqueiros em São Paulo e as vítimas de acidentes com motos em Goiânia.

O repórter Victor Ferreira viajou pelo Maranhão e Piauí e registrou cenas de imprudência e desrespeito. Condutores levam na garupa mulher e filho, escada e até bicicleta. A reportagem constata ainda que a maior parte dos condutores de moto nos dois estados não tem habilitação. Alguns têm iniciativas criativas como o homem que transformou a moto em uma lanchonete: o “Misto quente ao Vivo”.

Caco Barcellos percorre as ruas de São Paulo de moto mostrando o que acontece com quem usa esse meio de transporte todos os dias. A cidade tem um milhão de motos e, em algumas ruas e horários, o número de motocicletas é maior do que o de carros. Em poucas horas nas avenidas principais da cidade, a reportagem flagrou dois acidentes envolvendo motoqueiros.

As repórteres Valéria Almeida e Gabriela Lian foram a Goiânia acompanhar o socorro aos motoqueiros acidentados. Encontraram situações dramáticas no hospital de urgências da cidade, onde 70% dos pacientes são vítimas de acidentes de moto e jovens, em sua maioria.








15/11/2011

ARAPONGAS/PR SAI NA FRENTE NA REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE DE MOTOTAXI

A ação do Ministério do Trabalho é justa e importante, pois a atividade tem se mostrado uma alternativa ao desemprego, diz prefeito.

Representantes da diretoria de Trânsito da Secretaria Municipal de Segurança de Arapongas, majores Arnaldo e Dalbem, participaram na última quarta-feira, 9, de uma reunião com o Ministério do Trabalho de Londrina, que está convocando municípios da região para discutirem a regulamentação da atividade de moto taxi, moto-frete e motoboy.

Conforme o major Arnaldo, o MT está cobrando a regularização deste tipo de atividade em todos os municípios do Norte do Paraná e mais uma vez Arapongas sai na frente, pois já conta com Lei Municipal neste sentido desde o ano de 2010, que complementa a Lei Federal 12.009. ”Arapongas já cumpriu todas as etapas para a regulamentação do serviço de mototáxi e similares, através da criação de Lei municipal, cadastramento e fiscalização dos profissionais e a exigência do uso dos equipamentos de segurança e do condumoto provisório”, informou o major.

Finalizando, ele destaca que até mesmo em relação ao curso de especialização instituído pela Resolução nº 350 do CONTRAN, Arapongas está adiantada, pois a partir de 1º de dezembro a Secretaria de Segurança Pública e Trânsito começará a fiscalizar seu cumprimento. Em nível Federal, o prazo vai até o dia 4 de agosto de 2012.

O prefeito Beto Pugliese/PMDB comentou o fato de Arapongas estar na frente deste processo de regulamentação da atividade de moto taxi na região, justificando que o serviço é uma atividade profissional reconhecida, respeitada e crescente na maioria das cidades brasileiras. “A ação do Ministério do Trabalho é justa e importante, pois a atividade tem se mostrado uma alternativa ao desemprego e uma forma de locomoção para população de baixa renda, e em Arapongas, ela já está regulamentada e serve de parâmetro para outros municípios”, destacou.

Fonte:www.tnonline.com

14/11/2011

NÚMERO DE MOTOTAXI DIMINUI NESTA SEGUNDA, APÓS OCUPAÇÃO NA ROCINHA/RJ

O número de mototaxistas diminuiu consideravelmente na manhã desta segunda-feira na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, diferente da imagem impactante da quantidade de motocicletas que moradores e turistas estão acostumados a ver. Essa redução pode ter relação com a ocupação neste domingo pelas Forças de Segurança para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Sempre que houve entrada da polícia na Rocinha o número de pessoas trabalhando nesse tipo de serviço diminui.

Muitas motos são irregulares e por isso não circulam pelas ruas da comunidade nesses momentos. Além disso, outros mototaxistas não têm carteira de habilitação, não utilizam capacetes dentro da comunidade e muito menos oferecem o equipamento para quem utiliza.

Leonardo, que trabalha de mototaxista há mais de cinco anos, disse ao SRZD que tem habilitação e sua moto, segundo ele quitada após 1 ano. Ele falou que o não uso de capacete foi uma falta de hábito.

"Quando começou (o serviço de mototaxi na Rocinha) já ninguém usava e a gente acabou também não usando", disse. Para ele, a regularização do serviço dentro da Rocinha ajudará quem segue as leis. "Pra gente é melhor que tem menos cara trabalhando e a gente pode faturar até mais."

Ainda não há informações concretas se terá uma fiscalização para orientar os mototaxistas, impedir quem esteja com documentação vendida ou até mesmo prender quem esteja trabalhando com motos roubadas. O mototaxi é um dos serviços que passarão por "choque de regularização".

Para Tatiana, moradora da comunidade, o serviço de mototaxi é indispensável para a Rocinha, devido à extensão da comunidade. "(O serviço) tem que continuar não dá para subir todo dia isso aqui a pé, e não tem muito ônibus. Os poucos que têm só vêm cheios. Eu ainda acho pouco, porque tem dias que eu chego do trabalho e não tem uma moto aqui", disse.

Fonte:www.sidneyrezende.com

A IMPORTÂNCIA DA MOBILIZAÇÃO SOCIAL NO TRÂNSITO

Artigo de Edilson Fernando Cardoso Júnior*

Não é de hoje que a mobilização de pessoas tem proporcionado grandes vitórias nas sociedades, seja na seara do regime político, da saúde ou da segurança, por exemplo.

Nesse sentido, podemos citar, na história recente do Brasil, alguns fatos marcantes de mobilização social, como foi o caso dos Caras Pintadas, movimento composto, na sua maioria, por jovens estudantes que foram às ruas do país como forma de protesto, de pressionar a classe política, bem como pedindo o impeachment do então Presidente da República, Fernando Collor, que estava sendo acusado de participar de um esquema de corrupção integrado por grandes empresas empreiteiras (MOTA, 2002, pg 552).

Outro fato que merece destaque e que, embora ainda não tenha sido cumprida em sua plenitude, mas que houve grande mobilização por parte da sociedade, foi a edição da chamada Lei da Ficha Limpa, uma norma que permite apenas que pessoas de conduta ilibada, que não respondam e que não tenham sido condenadas em processos criminais a concorrerem eleições para os cargos eletivos dos poderes executivo e legislativo.

Assim, poderíamos enumerar vários exemplos de mobilização social que deram certo, não só no Brasil, mas em outros países, como é o caso da chamada Primavera Árabe (movimentos populares ocorridos a partir de 2010 em vários países árabes como a Síria, Egito e outros, os quais buscavam a queda de regimes autoritários.). Contudo, o que queremos é fomentar nos leitores a necessidade de se mobilizar, enquanto cidadãos livres, na busca de um trânsito mais seguro, o qual tem tirado de nossos convívios, pessoas que amamos.

Para se ter noção do perigo no trânsito do qual todos nós corremos no cotidiano em nossas cidades, basta verificarmos os dados horripilantes registrados de acidentes. Números apresentados pelas Organizações das Nações Unidas – ONU, dão conta que morreram no Mundo no ano de 2009, cerca de 1,3 milhões de pessoas, já no Brasil em 2010, segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, morreram 40.610 pessoas vítimas da violência no trânsito, é como se dizimássemos toda a população da cidade de Turiaçu no Maranhão, conhecida pelo cultivo do abacaxi considerado o mais doce do País e possui 33.933 habitantes, segundo dados do censo 2010 do IBGE. Portanto, algo extremamente preocupante, prova disso que a ONU instituiu, em 2005, o terceiro domingo do mês de novembro, como o dia mundial em memória das vítimas de acidentes de trânsito, bem como, definiu o período de 2011 a 2020 como sendo a Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito tendo como objetivo a redução em até 50% no número de vitimas fatais no trânsito.

Contudo, não podemos ficar a esperar apenas ações do ente estatal, é necessário, pois, que nos mobilizemos para revertermos esse cenário de guerra com a adoção de ações individuais que devemos tomar e que, sem sombra de dúvida, refletirão na segurança do trânsito. Condutas simples como sair de casa mais cedo para não ter que acelerar demais seu veículo; parar o veículo para falar ao celular; parar seu veículo para só então mudar a estação de rádio ou a faixa musical; colocar o cinto de segurança antes de ligar o veículo; dar a preferência; atravessar a via na faixa destinada aos pedestres ou na falta desta somente quando estiver em segurança; pedir desculpa ao cometer pequenos erros; dizer “Jesus te ama” ao ouvir alguma ofensa verbal, além de várias outras atitudes que podem ser tomadas para melhorar a segurança no trânsito. É difícil? Lógico que é, porque somos pessoas cheias de defeitos, mas nós precisamos confiar e dar a volta por cima.

Igualmente, aliada a essas condutas individuais sugeridas para a almejada segurança viária, existem movimentos sociais organizados que buscam mudar o trágico cenário apresentado por meio dos números de vítimas da violência no trânsito. Tais movimentos fomentam a mudança comportamental dos usuários das vias, ou seja, condutores e pedestres, assim como o interesse dos órgãos competentes na aplicação de políticas públicas voltadas às melhorias da malha viária, da fiscalização e da educação para o trânsito.

Nesse sentido, podemos citar o Movimento Chega de Acidentes, formado por instituições que militam na área do trânsito como a ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego); o Programa de Valorização à Vida, desenvolvido pela Maçonaria no Maranhão. Enfim, poderíamos mencionar vários outros movimentos sociais que buscam a segurança no trânsito. Contudo, o que queremos é conscientizá-lo da importância da mobilização social para diminuirmos as várias formas de violência no trânsito.

Portanto, mobilize-se, faça a sua parte, mude suas atitudes e una-se aos movimentos sociais de combate à violência no trânsito, para que não tenhamos que chorar a perda de familiares por falta de paciência, respeito, solidariedade, equilíbrio e compreensão no trânsito.

*Oficial da PMMA; Bacharel em Segurança Pública; Instrutor do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PMMA do Curso de Formação Especial de Sargentos 2008 da disciplina Policiamento Ostensivo Rodoviário de Trânsito; Atualmente Instrutor da Academia de Polícia Militar Gonçalves Dias no Curso de Formação de Oficiais da disciplina Policiamento Ostensivo de Trânsito.

Fonte: http://www.portaldotransito.com.br/noticias/artigo-a-importancia-da-mobilizacao-social-no-transito.html

Blog Educação para o Trânsito com Qualidade

13/11/2011

GOVERNO DE PERNAMBUCO LANÇA CAMPANHA EDUCACIONAL PARA O TRÂNSITO DIRECIONADA PARA MOTOCICLISTAS

CONFIRA OS VÍDEOS. VALE A PENA ASSISTIR! PRESERVE SUA VIDA.


MOTOCICLISTA USE OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA. NÃO FAÇA SUA FAMÍLIA SOFRER. (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL-EPI)


IMPRUDÊNCIA
MOTOCICLISTA - (MOTOBOY),(MOTOTAXISTA) TRABALHE COM CUIDADO. NÃO FAÇA SUA FAMÍLIA SOFRER.


MOTO X BEBIDA
MOTOCICLISTA NÃO BEBA E PILOTE. NÃO FAÇA SUA FAMÍLIA SOFRER.

Filmes criado pela RGA Comunicação e produzido pela Urso Filmes para a campanha de Motos do Governo de Pernambuco.

Criação: Renata Gusmão, Eduardo Rocha e Alexandre Pons.
Direção de Criação: Alexandre Pons
Arte Final: João Monteiro e Rosalvo Pereira
Atendimento: Emília Medina, Cynthia Beltrão
Direção de Atendimento: Maria Edith Cunha
Mídia: Milka Elys
Direção de Mídia: Melissa Fernandes
RTVC: Thiago Alonso
Produtora de Vídeo: Urso Filmes
Direção: André Ferezini e Paulo Caldas
Fotografia: Chico Barros
Tratamento de Imagem: Daniel Xavier
Produtora de Áudio Filme: DaHouse
Produtora de Áudio Spot: Muzak
Produção Gráfica: Durval Sanches
Aprovação: Tadeu Alencar
Fonte:Blog Educação para o Trânsito com Qualidade

12/11/2011

COMENTÁRIO DO DR. DIRCEU RODRIGUES SOBRE O BLOG DA LOIRA E OS MOTOTAXISTAS DO BRASIL


Cara Fátima Canejo,
Agradeço a atenção que tem dado aos meus artigos. De quando em vez estamos falando na mídia sobre trânsito e transporte.
Não consegui colocar no mural esse texto na íntegra.
Preservar a vida e humanizá-la no trânsito é uma necessidade premente. Precisamos de ações políticas severas a curto prazo para mudarmos a cultura com relação a nossa mobilidade.Precisamos ainda participação ativa da sociedade. Repercutir temas como os que Fátima Canejo enfatiza em seu blog, torna-se não só fonte de informação, mas elemento importante na formação, educação e saúde dos nossos motociclistas. Fátima Canejo consegue aproximar e cria um universo específico para aqueles que transitam sobre rodas. Precisamos de gente com essa cabeça, muito bem direcionada, para mudarmos comportamento do pedestre, do usuário do transporte, motorista, motociclista, ciclista e da sociedade como um todo.
A repercussão das atividades contidas no Blog da Loura se espalha pelos quatro cantos desse país e chega a São Paulo de onde acompanhamos diariamente todas as informações, já que estamos na função de diretor de comunicação da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego e precisamos estar integrados de norte a sul desse país.
Parabéns Fátima Canejo, o trabalho que você desenvolve em sua região é essencial para contribuirmos para a ´Década de Segurança Viária", proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior.
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET).

DIFICULDADE DE IR E VIR ATORMENTA QUEM MORA NAS GRANDES METRÓPOLES


Na pesquisa sobre mobilidade, que levou em conta o impacto ambiental e bem estar da população, SP ficou em último lugar entre 9 cidades avaliadas.

A dificuldade de ir e vir de um lugar para o outro é um problema que atormenta quem mora nas grandes metrópoles.

O que era um ponto perdido na paisagem agora é um movimento. A partir deste sábado (5), é das bicicletas a faixa vermelha inaugurada na Zona Sul de São Paulo. A ciclovia jogou para o meio da rua o estacionamento dos carros. Foi invadida por motoqueiros no dia da estréia e provocou discussão.

“O risco de acontecer um acidente e atrapalhar mais o trânsito que já está atrapalhado”, afirma uma mulher.

“Aonde que eu vou colocar as minhas clientes que são milionárias que andam de carro importado. Você acha que as minhas clientes vão andar de salto alto de bicicleta?”, reclama a comerciante Carolina Maluf.

A polêmica é sinal da disputa cada vez maior por espaço, cada vez maior nas cidades brasileiras. Se com a melhora da economia, milhões de carros chegam às ruas a cada ano, a preocupação com meio ambiente e qualidade de vida está obrigando as cidades a repensar os meios de ir e vir.

Apesar de ter ampliado as ciclovias, São Paulo ainda tem poucas em relação ao tamanho da cidade, segundo uma pesquisa sobre mobilidade que levou em conta impacto ambiental e bem estar da população. Entre nove cidades avaliadas, a capital paulista ficou em último lugar, com nota 2. Segundo o levantamento, é lá que as pessoas usam mais carros e motos para se deslocar.

“Automóvel está associado a congestionamento, a perda de tempo, que prejudicam no final de contas a qualidade de vida das pessoas”, diz Thiago Guimarães, coordenador do estudo.

A pesquisa aponta as ciclovias como ponto fraco de Belo Horizonte e Porto Alegre. Em Salvador e Cuiabá, o maior problema é a tarifa de ônibus, considerada cara.

Natal tem poucos ônibus acessíveis a deficientes, um ponto forte de Curitiba. Brasília foi elogiada pelas ciclovias e criticada pelo número de mortes no trânsito.

E o Rio de Janeiro foi considerada a cidade onde há menor impacto ambiental porque mais pessoas usam transporte coletivo.

O mais difícil em São Paulo é convencer o motorista a deixar o carro de lado. Em um ponto, todo mundo concorda. Do jeito que está não dá. “Não há um meio de transporte que vá resolver a situação. Incentivar a combinação de viagens por bicicletas e por meios coletivos de transporte seria uma boa saída para São Paulo”, avalia um morador.

Como não está presente em todas as capitais analisadas, o metrô não foi avaliado nesta pesquisa.

Fonte: Jornal Nacional

SÃO PAULO DESISTE DAS MOTOFAIXAS

A cidade de São Paulo não vai ter mais nenhuma motofaixa como as da Rua Vergueiro e da Avenida Sumaré e cogita retirar as duas faixas existentes. Isso porque, em vez de reduzir os acidentes, as vias exclusivas fizeram o número de colisões e atropelamentos com motos crescer. A informação foi dada hoje pelo secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, na Câmara Municipal.

"Os resultados não são os que nós esperávamos. Como não ocorreu redução de acidentes, houve um aumento, hoje não temos mais nenhum desenho de motofaixa sendo feito", afirmou o secretário. A Secretaria Municipal dos Transportes diz estar finalizando um balanço do total de acidentes nessas vias para decidir se vão manter as motofaixas ou retirá-las. Mas projetos em novas vias - como na Marginal do Tietê, local em que uma faixa chegou a ser estudada - já estão descartados.

As motofaixas eram, desde o início de 2008, as principais apostas para tentar reduzir o número de mortes com motociclistas. No Plano de Metas 2009-2012, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) chegou a assegurar a criação de oito delas. A meta foi reduzida para três no ano passado, com a criação da faixa no Vergueiro. Mas, para 2012, último ano do atual governo, não existe nenhum investimento previsto.

Mesmo após a inauguração das duas faixas exclusivas, os acidentes com os motociclistas vêm aumentando na capital. Em 2010, houve uma elevação de 11,7% no número de motoqueiros mortos, o que interrompeu uma tendência de queda verificada em 2009. Apesar das motos serem apenas 12% da frota de veículos, os motoqueiros são 35% das pessoas que morrem no trânsito paulistano todos os anos.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.

VAGAS DE ESTACIONAMENTO VIRAM PONTOS PARA MOTOTAXISTAS DE UBERLÂNDIA/MG

Muitos motoristas estacionam até em local proibido em Uberlândia.

A frota de veículos de Uberlândia cresce em média 10% a cada ano, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Mas os espaços para estacionamento, principalmente na área central da cidade, não acompanham o mesmo ritmo.

Faltam vagas para estacionar carros e também motos. No Centro, muitas vagas são ocupadas por motos de funcionários de lojas ou se transformam em ponto de trabalho para os mototaxistas. Quem não encontra lugar, às vezes estaciona em local proibido.

A lei que rege o trabalho dos mototaxistas existe, é federal e deveria ser regulamentada pelo município, mas de acordo com o secretário de Trânsito e Transportes de Uberlândia, Divonei Gonçalves, a Prefeitura não vai acatar porque foi considerada inconstituicional.

Fonte:g1.globo.com

Comentando esta matéria...

Gostaria de saber do Senhor Prefeito Odelmo, qual o motivo real para não regulamentar a categoria dos mototaxistas? Estes trabalhadores vão continuar na ilegalidade? Não seria mais lógico regulamentar ao invés de fazer vista grossa, permitindo que a categoria continue nas ruas prestando um serviço à população, como se nada estivesse acontecendo? Estes trabalhadores estão perdendo seus direitos reconhecidos pela Lei Federal 12009/2009. Sei que o município é quem decide pela REGULAMENTAÇÃO, mas, onde está o compromisso político com a classe trabalhadora e a população de Uberlândia?

A logomarca do seu governo diz: Prefeitura de Uberlândia – Nossa cidade cada vez melhor pra VOCÊ. SERA? Já pensou como seria importante para Uberlândia a regulamentação dos mototaxistas? Profissionais padronizados, com coletes de segurança, qualificados com o curso obrigatório da Resolução 350 CONTRAN, pontos demarcados e o que é melhor, prestando um serviço de qualidade aos usuários deste transporte indispensável nos dias de hoje.

Prefeito, cidade bem administrada, o TURISTA VOLTA.

E vocês, mototaxistas? Estão esperando o quê? LUTEM PELOS SEUS DIREITOS.

Fátima Canejo

PREÇO DE COLETES INFLÁVEIS É BARREIRA PARA OS MOTOTAXISTAS DE UBERABA/MG

O projeto de lei que prevê a obrigatoriedade do uso de colete inflável ainda não entrou em vigor. Mas, desde já, os mototaxistas revelam que existe uma grande barreira para aquisição do item de segurança: os preços desses coletes apresentam uma variação de R$1.500 a R$2.000.

Procurados pelo Jornal da Manhã, alguns profissionais afirmam estar de acordo com a iniciativa, que irá proporcionar mais segurança. No entanto, eles posicionam que o valor é muito expressivo. É o que relatam os profissionais Eduardo Júnior Ramalho da Silva e Agnaldo Rufino Alves. “Tem que ser feito um projeto desse estilo, mas que abranja toda a sociedade. Ninguém tem condições de arcar com o preço do colete. Eu tenho certeza que vai proporcionar mais segurança e tranqüilidade. Mas é muito oneroso”, posiciona Eduardo. “Eu acho que o item deveria ser mais acessível a todos. O preço é muito alto”, complementa Agnaldo.

Pelo projeto, as prefeituras, por meio de seus órgãos de fiscalização, poderão realizar as autuações. Além disto, as empresas que exploram a atividade de transporte com motocicletas ficam responsáveis pela aquisição e fornecimento dos coletes infláveis de proteção. Entretanto, outro mototaxista, que preferiu não ser identificado, acredita que os donos das centrais irão cobrar dos mototaxistas e também haverá repasse para os clientes. “Eles podem até adquirir, mas será repassado para o profissional e também para o cliente, que está no final do processo”, ressalta.

O projeto de lei, ainda em tramitação, entrará em vigor em 120 dias a contar da data de sua publicação. As estatísticas apontam que o número de acidentes envolvendo motociclistas cresce a cada ano no país. Segundo especialistas, o colete reduz em até 70% o risco de morte se usado junto com o capacete.

Fonte: Jornal da Manhã/ Repórter:João Fábio Sommerfeld

11/11/2011

COMISSÃO APROVA ISENÇÃO DE TRIBUTOS EM MOTOS PARA AGENTES DE SAÚDE

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (9) proposta que isenta de IPI, PIS/Pasep e Cofins as bicicletas e motos adquiridas por agentes de saúde e os agentes de combate a endemias (mata-mosquitos) na compra de bicicletas e motos de até 125 cilindradas.

A isenção não atinge as matérias-primas, a embalagem e o material secundário utilizados na fabricação desses produtos. Caberá ao Poder Executivo fazer a estimativa do montante da renúncia fiscal decorrente da proposta, caso seja transformada em lei. A proposta, que altera a Lei 10.865/04, ainda acaba com isenção do PIS/Pasep e da Cofins para próteses, artigos e aparelhos ortopédicos para fraturas.

O texto aprovado é um substitutivo do relator na comissão, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), aos Projetos de Lei 902/11, do deputado Geraldo Resende (PMDB- MS), e 949/11, do deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).

Pelo texto, as motos devem ser adquiridas pelas prefeituras, pelos agentes comunitários de saúde e os de combate às endemias ou pelos respectivos órgãos de classe estaduais. A proposta original previa a aquisição apenas pelos próprios agentes. Já as bicicletas deverão ser compradas pelas prefeituras ou pelos agentes. No primeiro projeto, o direito também era restrito aos agentes. “Acreditamos que o executivo municipal também deve gozar das mesmas isenções para incentivar a aquisição dos bens para uso dos agentes”, disse Amauri Teixeira.

Vínculo exclusivo
O substitutivo inclui ainda a obrigatoriedade de comprovação de vínculo exclusivo de trabalho dos agentes com o Sistema Único de Saúde (SUS) e proíbe a venda, pelo prazo de três anos depois da compra, dos veículos adquiridos com a isenção. Nesse período, se os agentes venderem a moto ou a bicicleta a outra pessoa que não seja profissional da mesma área, deverão pagar os valores atualizados dos tributos. Em caso de fraude, o vendedor ficará sujeito à multa e juros de acordo com a legislação em vigor.

Amauri Teixeira lembra que os agentes enfrentam dificuldades de transporte diárias, pois têm de se deslocar em áreas rurais e periféricas carregando equipamentos e outros materiais de trabalho. “O trabalho incansável desses profissionais tem gerado uma melhora significativa nos indicadores de saúde”, disse o parlamentar.

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Fonte:Agência Câmara de Notícias/Reportagem – Tiago Miranda/ Edição – Paulo Cesar Santos

PREFEITURA PROMOVE O 1° ENCONTRO DE MOTOTAXISTAS DE JUAZEIRO DO NORTE/CE.



A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde, promoveu nesta terça-feira, 8 de novembro, no auditório da Faculdade Leão Sampaio, o I Encontro de Mototaxistas de Juazeiro do Norte, tendo como tema do encontro o projeto “Romeiros da Paz”: Construindo a Cultura de Paz, Saúde e Cidadania.

O evento reuniu coordenadores do programa e, praticamente, todo corpo técnico da Secretaria de Saúde, representantes de secretarias parceiras, como Cláudio Luz, secretario de segurança, Tânia Paiva da Secretaria de Governo, além de representantes de entidades classistas, subprefeitos, articuladores sociais, mototaxistas, motociclistas, dentre outros.

“A saúde é uma prioridade para administração do prefeito Dr. Santana/PT, que trabalha para realizar ações de promoção de atenção especial à saúde e prevenção de doenças, com o compromisso de garantir a melhoria da atenção básica, do atendimento ao usuário e proporcionar aos juazeirenses uma assistência integral em todos os seus níveis de complexidade”, falou a Dra. Maria da paz, coordenadora do programa.

Para Maria Iracema Mariano, coordenadora do Grupo de Mobilizaço Social, atualmente, a violência no trânsito se transformou em um problema recorrente e grave para a saúde pública. Os acidentes representam modernas epidemias que atinge diversos municípios, em todo o Brasil. Motivo que vêm elevando, consideravelmente, os gastos com a saúde pública. Fato que poderia ser evitado com a adoção de medidas simples que podem resultar num futuro próximo na redução da violência no trânsito.
Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM, 2009) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), as mortes por causas externas só tem aumentado em Juazeiro. É flagrante o aumento do índice de violência no trânsito. Principalmente, envolvendo motociclistas em acidentes graves. Cidadãos que perdem a vida ou sofrem sequelas, na maioria das vezes irreversíveis.

Situação que provocou a criação de políticas como o projeto “Romeiros da Paz”, que foi implementado para reduzir a mortalidade por acidentes de trânsito, prevenir da violência e estimular à cultura de paz. Para desenvolver uma consciência preventiva no trânsito entre os participantes foram ministradas palestras, ilustradas com exibição de documentários para facilitar a compreensão do público.

O momento foi dividido em quatro eixos temáticos com a exposição de pautas relacionadas à violência no trânsito e suas conseqüências, além de noções básicas de segurança:

TEMA 1: Estatísticas no Trânsito e Direção Defensiva
Palestrante: Edimário José Araújo- Membro do Setor de Educação para o Trânsito do Demutran

TEMA 2: Dados Epidemiológicos
Palestrante :Iara Sales, enfermeira o Departamento de Vigilância a Saúde.

TEMA 3: Álcool e Direção
Palestrante:Márcia Úrsula de Castro Menezes- Terapeuta Ocupacional do CAPS–AD de Juazeiro do Norte

TEMA 4: Legislação no Trânsito
Palestrante: Dr Bernardo Oliveira – representando a OAB

Para completar o evento foi aberta uma discussão com a inscrição dos participantes, que puderam dirimir suas dúvidas com os palestrantes. No final foram sorteados 20 capacetes e servido um coquetel.

Fonte:Prefeitura de Juazeiro do Norte/Ceará

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COMENTÁRIO DE FÁTIMA CANEJO

Parabéns ao Prefeito Santana/PT e sua equipe pela iniciativa e apoio a categoria dos trabalhadores sobre 2 rodas. É desta forma que poderemos mudar a violência no trânsito, informando, educando e qualificando. Estas ações devem ser contínuas para obtermos sucesso e atingirmos o objetivo proposto. Espero que dentro em breve Juazeiro do Norte também esteja qualificando esta categoria com o curso obrigatório da Resolução 350 do CONTRAN. Tenho certeza que após o curso estes trabalhadores estarão qualificados e aptos a prestarem um serviço de qualidade à população. Contribuindo assim, para elevar o nome da cidade de Juazeiro do Norte do PADRE CÍCERO. Uma cidade bem cuidada e prestadores de serviço qualificados, O TURISTA SEMPRE VOLTA!

Fico feliz com a ação política e torço para que sirva de exemplo para os demais prefeitos das cidades vizinhas, que até agora está apenas na promessa de regulamentação. É UMA VERGONHA A FALTA DE COMPROMISSO POLÍTICO! O CRATO ESTÁ MUITO LONGE DE CHEGAR NESTE ESTÁGIO. O QUE É UMA PENA! MAS CONTINUAREI LUTANDO PARA MUDAR ESTA REALIDADE CAÓTICA.

Fátima Canejo

DÉCADA DE PRESERVAÇÃO DA VIDA NO TRÂNSITO 2011/2020, POR DR. DIRCEU RODRIGUES ALVES JR.

Ações políticas, leis, resoluções precisam ser criadas, integradas, outras modificadas, tudo num curto espaço de tempo para que possamos acompanhar com sucesso o programa de preservação da vida proposto pela ONU.

Atitudes drásticas precisam ser tomadas em nosso país para cumprirmos o que preconiza a ONU (Organização das Nações Unidas) que é a redução dos acidentes de trânsito. Hoje eles atingem 1.300.000 óbitos e 52 milhões de vítimas em nosso planeta.

Não tenho dúvida que a primeira ação brasileira deve ser atuante na educação, seleção e formação do condutor.
A educação de trânsito prevista no Código de Trânsito Brasileiro desde 1997, se aplicada, ou melhor, colocada em prática desde a pré-escola (cinco anos) até os dezoito anos não tenho dúvida que nos treze anos de aplicação teremos mudança radical da cultura não só do motorista, mas do pedestre, do usuário do transporte, motociclista, em fim da sociedade como um todo. Essa é a necessidade básica de nossa população para a mudança radical na cultura da mobilidade.

Na seleção há necessidade de uma avaliação mais abrangente com relação ao estado psicológico e mental dos candidatos. Isto tem que ter profundidade, maior tempo de avaliação com protocolos e diretrizes construídas pelos profissionais da área com objetivo de excluir o futuro condutor que não respeita a sinalização, que tem compulsão para velocidade, que tem no veículo um escudo, carapaça ou mesmo como objeto de conquista, não o vendo como equipamento para sua mobilidade. É esse indivíduo que no trânsito vai desencadear distúrbio comportamental de leve a grave comprometendo o bem estar físico e mental daqueles que estão no infortúnio do trânsito dos grandes centros.

A Carteira Nacional de Habilitação é uma concessão do estado e que pode e deve ser retirada diante das aberrações que presenciamos no dia a dia.

Há que se ter altivez e vontade política para que mudanças radicais sejam colocadas rapidamente em atividade.

Além dessa avaliação médica aprofundada nos seus detalhes temos que entender a necessidade de termos uma formação de condutores com mais exigências, com maior tempo de instrução e quando liberados terem uma fiscalização mais rígida.

Não se pode entender que desenvolvendo velocidade entre 30 a 40 km/h no trânsito, fazendo o que chamam baliza (estacionar o veículo), parando num aclive sem deixar o veículo recuar, o candidato possa ser aprovado e lançado no tráfego como conhecedor pleno da direção veicular. Positivamente isso não é verdade. Debutará no trânsito com extremo estresse e em conseqüência estará sujeito a acidentes. O pobre coitado desconhece coisas básicas como os fatores de risco inerentes ao veículo, às vias, as condições climáticas, ao usuário, pedestre e tantos outros. A inexperiência o levará certamente a adaptar-se no meio adquirindo sérios vícios que irão desencadear outros, mais outros, e pior, jamais retornará para uma reciclagem, não terá uma educação continuada, evoluindo para uma direção repleta de erros que serão eternos.

Impõem-se a ampliação do tempo de aprendizagem teórica e prática. A educação de trânsito defensiva, evasiva e a utilização de todos os meios existentes no veículo bem como conhecer as ações física, química, biológica, ergonômica, conhecer a cinemática do trauma. Quem dirige um veículo precisa conhecer leis básicas da física. É necessária também a conscientização do que é a máquina sobre rodas. Sua utilização, seus perigos, suas limitações, etc.

Será que o motorista sabe por que o veículo capota, porque rodopia, diferença entre os vários tipos de impacto, obstáculos fixos, móveis, colisões em geral, o que acontece com o passageiro, pedestre e com a sociedade? Quais são as rotas de fuga do veículo no momento de um acidente?

Faz-se necessário a introdução de simuladores de direção veicular na formação, educação continuada e até na mudança do tipo de veículo. A tecnologia nos permite fazer simuladas todas as situações adversas. Ao sair desses equipamentos irem para uma pista específica onde se colocaria em prática todo treinamento.

O que representa o mau uso do veículo para o Estado e a sociedade como um todo?
Custa ao Estado, resgate, hospitalização, evolução em UTI e enfermaria, óbitos, incapacidades temporárias e definitivas. As vítimas deixam de produzir. A faixa etária média de aparecimento dos danos é em torno dos 32 anos. Hoje o brasileiro tem, em decorrência da lei, vida produtiva até os 65 anos. Vemos que deixamos ter produção por morte ou seqüelas por 33 anos. Prejuízo inestimável para o país. Lembro que temos no nosso quadro estatístico 38.000 óbitos, 110.000 sequelados no último ano.
Devo mudar o tipo de veículo sem conhecer profundamente suas características?
Todo curso tem uma pós-graduação. Nenhum é suficientemente bom para colocar de imediato o indivíduo no meio, é necessária na direção veicular uma especialização no tipo de máquina que vai conduzir. Um estágio supervisionado. A tecnologia evolui de maneira assustadora e temos convicção que muitos dos nossos motoristas não sabem operar seus veículos de maneira ideal. Consumo, queima de combustível, ruído produzido, transtornos causados ao meio ambiente, tudo isso acontece com o total desconhecimento, falta de ensinamento.

Temos que concluir, sem dúvida, que melhor seleção, educação e formação é o tripé básico para qualquer iniciativa com objetivo de respeitar a orientação da Organização das Nações Unidas.

Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da ABRAMET
www.abramet.org.br
dirceurodrigues@abramet.org.br