A Federação dos Mototaxistas e Motofretistas do Brasil (Fenamoto) está reivindicando que o governo retire as cobranças do PIS e da Cofins na distribuição e revenda de peças para motos e bicicletas, a exemplo do que fez recentemente com os automóveis, motos, caminhões, eletrodomésticos e materiais de construção. O objetivo é evitar prejuízos e demissões diante da crise econômica. “Essa isenção não oneraria os cofres públicos e estimularia a criação de novos empregos num ramo da economia que é formado historicamente por milhões de consumidores de baixa renda”, explica Robson Alves Paulino, presidente da Fenamoto. “Motos e bicicletas representam hoje o principal meio de transporte para essas famílias, em cidades e vilarejos espalhados por todo o Brasil”, disse.
O Brasil possui uma frota de 11 milhões de motos e 30 milhões de bicicletas, segundo a Fenamoto. A cadeia produtiva - que inclui os fabricantes e distribuidores de peças, componentes, oficinas e serviços autorizados - emprega diretamente meio milhão de pessoas. “Dois milhões e meio de mototaxistas de todo o país dependem indiretamente da cadeia produtiva de peças”, argumentou Paulino.
“Uma das particularidades do setor é o de absorver mão-de-obra de pessoas que perdem seu emprego e começam um pequeno negócio. Esta característica fomenta a economia das pequenas cidades, com a abertura de bicicletarias, oficinas de motos e vendas de peças de reposição”, exemplificou. De acordo com o presidente da Fenamoto, estes produtos já têm uma carga tributária muito alta, considerando que só em pneus são pagos 15% de IPI, e que este componente não tem nenhum beneficio fiscal.
Bicicleta
A bicicleta é o meio de transporte mais comum entre as populações de menor acesso a bens de consumo no Brasil. Seja na cidade ou na zona rural, ela ainda é o caminho mais curto em regiões onde falta transporte público adequado. O Brasil é o terceiro maior pólo mundial de produção de bicicletas e o quinto maior mercado. Toda a produção brasileira é destinada ao mercado interno. Além de representar um meio de transporte de baixo custo, em especial para a classe trabalhadora e estudantil, estimular o uso da bicicleta significa melhorar a qualidade do ar, além de garantir mobilidade urbana para milhões de pessoas, que é uma das prerrogativas do Ministério das Cidades. Do ponto de vista ambiental, cinco mil bicicletas em circulação representam 6,5 toneladas a menos de poluentes no ar. Ela evita engarrafamentos, ocupa pouco espaço para estacionar, faz pouquíssimo ruído e seu impacto no solo é praticamente inexistente.
A bicicleta também traz importantes benefícios para o corpo e mente. A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso da bicicleta para melhorar a saúde pública mundial. Pedalar aumenta a circulação sanguínea no cérebro e a capacidade de raciocínio, além de prevenir problemas cardíacos e ser indicado no tratamento da obesidade. Além disso, o ciclismo é um dos esportes aeróbicos mais eficientes que existem.
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