30/09/2011
MOTOTAXISTAS "INVADEM " RUAS DE MACEIÓ/AL
Antes um serviço restrito aos municípios do interior de Alagoas, os mototaxistas invadiram Maceió, sobretudo as regiões periféricas. Mas a atividade ainda funciona na irregularidade, pois não há uma lei que regulamente o serviço na capital. De um lado do debate, há a questão da segurança dos passageiros; do outro, o fator econômico e social.
Djalma Barbosa tem 50 anos e estava desempregado até um ano atrás, quando começou a prestar serviço de mototáxi no bairro de Bebedouro. “Com a minha idade, não conseguiria mais um emprego formal. Agora, como mototáxista, eu consigo sobreviver. O sustento da minha família eu tiro disso", declara Djalma.
Em Bebedouro, um das regiões de Maceió em que o serviço tem maior adesão, é possível encontrar pontos de mototáxi. Mesmo ilegais, eles são bem identificados e estão localizados na principal via do bairro, a Av. Cícero de Góes Monteiro.
Além do próprio sustento, os mototaxistas destacam os benefícios que a atividade traz para a sociedade. “Sem mototáxi, muita gente não chegaria ao trabalho no horário. O trânsito é um absurdo aqui em Bebedouro", afirma o mototáxista Ferreti Lopes.
O estudante Joemir Meira, de 19 anos, faz uso constante do serviço de mototáxi. Ele diz que a rapidez com que consegue chegar ao seu destino é a principal vantagem. “Às vezes, passo uma hora esperando no ponto para poder pegar um ônibus que, por causa do trânsito, demora demais pra chegar. Com o mototáxi, basta eu vir aqui no ponto e em 10 minutos eu chego em casa", diz Joemir.
Além da velocidade, o preço também é um atrativo para boa parte da população. Em Maceió, as corridas podem variar de R$ 3 a R$ 8.
REGULAMENTAÇÃO
Para que haja uma regulamentação da atividade de mototáxi é preciso que um projeto de lei de autoria da vereadora Fátima Santiago seja aprovado na Câmara Municipal de Maceió. Mas a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) é contra a regulamentação do serviço.
Conforme informou a assessoria da SMTT, a motocicleta é um veículo perigoso e mais propenso a acidentes com consequências graves, principalmente no trânsito caótico da cidade.
Além disso, a secretaria alega que isso não resolve o problema de locomoção da cidade, uma vez que os mototáxis levam apenas um cliente por vez. Ela afirma que, em vez de regulamentar a atividade de mototáxi, é preciso melhorar o transporte público de massa e que o advento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a licitação dos ônibus deverá contribuir para isso.
Os mototáxistas, no entanto, exigem a regulamentação e reclamam da fiscalização da SMTT. “Para perseguir pais de família, eles perseguem. Agora com as empresas de ônibus lotados, que ninguém consegue nem se mexer, eles não fazem nada. Os donos das empresas podem ganhar dinheiro, mas a gente não”, declarou Djalma.
Fonte:Gazetaweb.com
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