VALE A PENA CONFERIR...
Estava este blogueiro caminhando pelo centro de Berlim, durante a Copa de 2006, quando tive a oportunidade de corrigir um mau hábito, através de uma explicação das mais lógicas. Numa esquina, o sinal estava aberto para o tráfego e, é claro, fechado para os pedestres. Parei. Olhei para o lado de onde vinha o trânsito e não havia nem um único veículo a menos de um quilômetro. O que fiz, como bom brasileiro? Atravessei a rua.
Ao chegar do outro lado, fui educadamente chamado por um policial. Ele olhou minha credencial da Copa e perguntou se eu falava inglês. Respondi que sim e ele disse o seguinte:
“Estou vendo que o senhor não é alemão, não conhece nossas regras e, por isso, eu não vou multá-lo por atravessar com o sinal vermelho. Mas se eu pegá-lo fazendo isso de novo, vai levar a multa. E em caso de reincidência, o senhor será levado ao distrito policial. O senhor compreendeu?”
Polidamente como ele, respondi: “Perfeitamente entendido. Mas, apenas para minha informação, por que eu devo levar a multa, se não vinha nenhum carro, se eu não causei nenhum prejuízo a ninguém?”
Sem se alterar, a explicação veio: “Por causa das crianças, da educação delas. Se uma criança visse o senhor atravessando no sinal vermelho, ela não ia entender que não vinha carro, ou que não havia risco. Por associação de ideias, ela ia passar a atravessar no sinal vermelho. E seria atropelada.”
Explicação aceita, aprendida. E nunca mais eu atravessei no sinal vermelho do pedestre.
Por Ricardo Gonzalez-------------------------------------------------------------------------------------------
Embora, na Alemanha, não tenha limite de velocidade, o trânsito é levado a sério e a educação começa cedo. É na escola. As aulas práticas ocorrem em eventos como o Salão de Frankfurt, onde as crianças são ensinadas sobre conceitos de como respeitar os carros e atravessar vias públicas com segurança.
O Brasil está precisando urgentemente seguir este exemplo. Só assim teremos um trânsito menos violento e seguro.
Fátima Canejo
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