O protesto que tumultuou o trânsito na Ponte da Amizade na manhã desta quinta-feira pode ter sido apenas a primeira de muitas manifestações. Além da já antiga queixa contra a fiscalização, somam-se, agora, disputas entre mototaxistas paraguaios e brasileiros.
O "x" da questão é a atuação de mototaxistas paraguaios na cabeceira verde e amarela da Ponte da Amizade. Ao trazerem seus passageiros a Foz do Iguaçu, os profissionais do país vizinho costumam "aproveitar a viagem" para oferecer a travessia de volta e captar clientes de última hora nas proximidades da aduana.
Nesta quinta, porém, fiscais do Instituto de Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), pressionados por mototaxistas legalizados pela prefeitura iguaçuense, controlaram a atividade e impediram que motos do país vizinho fizessem a travessia de passageiros no sentido Paraguai.
Tal situação foi o detonante do protesto que chegou a interromper por alguns instantes o trânsito de veículos na fronteira mais movimentada da América do Sul e impediu, por sua vez, que mototaxistas brasileiros fossem mais além da cabeceira paraguaia da Ponte da Amizade. Quem tentava fazê-lo, era "convencido" a descer da moto e aguardar o fim do protesto ou, então, dar meia-volta e retornar ao Brasil.
Apesar de questionarem o controle brasileiro, os paraguaios queixam-se, por outro lado, da falta de fiscalização das autoridades de trânsito de Ciudad del Este, que permitiriam a livre atuação de mototaxistas brasileiros do lado de lá da fronteira.
A relação entre mototaxistas paraguaios e brasileiros é historicamente tensa e piorou desde que o Foztrans determinou a padronização do serviço, obrigando os profissionais de Foz do Iguaçu a gastos como a troca do modelo ou da cor da moto e dos acessórios de segurança.
Fonte:Paranáonline
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