MOTOTAXISTAS SOLICITAM DAS AUTORIDADES O DIREITO DE PERMANECEREM TRABALHANDO
PREFEITO RAIMUNDO ANGELIM/PT ASSINA DOCUMENTO AUTORIZANDO PROCESSO LICITATÓRIO PARA 50 VAGAS PARA MOTOTAXISTAS
Concentrados em frente ao Teatro Plácido de Castro, ontem pela manhã, os moto-taxistas conhecidos como “pirangueiros”, que trabalham sem permissão nas ruas da cidade, deslocaram-se para a Câmara Municipal de Rio Branco para reivindicar soluções para o problema da irregularidade da categoria e cobrar dos parlamentares o acordo que fizeram na última reunião, quando se comprometeram mais uma vez em garantir a permanência do grupo trabalhando sem a perseguição da polícia por 60 dias até o sorteio das placas pela prefeitura.
De acordo com o líder dos “pirangueiros”, Celso Mendes, houve uma proposta dos vereadores e presidente da Câmara, de que a categoria poderia trabalhar nas ruas sem a perseguição da policia, coisa que, segundo Celso, não vem acontecendo, pois na segunda-feira a polícia esteve no ponto dos “pirangueiros” querendo prender todos que estavam no local trabalhando por alegar que as motos estavam irregulares.
“Os vereadores se comprometeram em pedir um relaxamento da lei no MPE, pois sem trabalhar como vamos pagar nossas contas e multas? Pois para concorrer ao sorteio das placas, não podemos estar inadimplentes com nada. Não estamos pedindo ao Estado que sustentem nossas famílias, só pedimos que nos permitam essa condição”, ressalta.
Enfrente a Câmara Municipal, muitos “pirangueiros” gritavam palavras de ordem “queremos trabalhar” aos representantes da Casa, que estavam reunidos no plenário. Não se contendo, o grupo, que estava revoltado com a situação, adentrou a Câmara na tentativa de conversar com o presidente Jessé Santiago, que informou aos integrantes da categoria que se a ordem dentro da plenária não fosse respeitada, os “pirangueiros” não poderiam permanecer, pois ele defendeu que os vereadores sempre estiveram disponíveis para receber a categoria.
Reunidos à tarde com os vereadores no auditório da prefeitura do Centro, os “pirangueiros” pediram mais uma vez que os parlamentares intercedessem por eles junto ao Ministério Público Estadual, tentando evitar a recomendação de prisão assinada pela promotora Alessandra Garcia. A proposta da categoria é de que o grupo possa permanecer nas ruas por mais 45 dias, até que possam conseguir outra fonte de renda enquanto não são sorteadas as novas permissões.
Lane Valle
Página 20
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