08/05/2009

MOTOTAXISTAS DEFENDEM CADASTRAMENTO EM CUIABÁ


Diante de vários crimes envolvendo motos, categoria teme mácula em imagem de profissional e debate adoção de medidas de segurança

Até o final do ano, o moto-taxista que não portar a carteirinha profissional e não estiver devidamente uniformizado poderá ser detido pela Polícia Militar (PM) em suas blitze. Essa é a idéia que o Sindicato dos Mototaxistas (Sindmoto) pretende fazer valer a partir de julho, registrando todos os 700 profissionais da área em Cuiabá com carteirinhas e distribuição de coletes, como uma medida de segurança e proteção à imagem da categoria.

Por enquanto, as medidas fazem parte de um pré-projeto, que foi apresentado ontem pelo sindicato à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A intenção é que ambos firmem um termo de cooperação. O projeto deve ser concluído até o dia 15.

Além de garantir a segurança aos clientes do serviço de moto-táxi, o projeto de padronização e identificação trabalha positivamente a imagem dos profissionais. O presidente do Sindmoto, Vilson Neves, se diz preocupado com a alta incidência de roubos e assaltos protagonizados por criminosos se passando por mototaxistas. “Antes, se havia um assalto ou coisa assim, falavam que devia ser coisa de algum pedreiro. Hoje, se o sujeito cometeu o crime a bordo de uma moto, dizem que é moto-taxista”, reclama Neves.

Entre as ocorrências policiais envolvendo motocicletas, os casos mais freqüentes têm sido as entregas de drogas em domicílios e os assaltos conhecidos como “saidinhas de banco”, nos quais a vítima é monitorada sutilmente pelos assaltantes desde o momento em que sai das agências bancárias – geralmente após ter realizado um saque - até chegar em algum local ermo ou que propicie a abordagem criminosa. Esse tipo de crime tem ocorrido com frequência assustadora na Capital.

Nesses casos, usualmente as perseguições são feitas por bandidos a bordo de motocicletas. Sem padronização ou o mínimo de regularização, os motociclistas se confundem. “O crime tem denegrido a categoria. Qualquer pessoa consegue pilotar uma moto e se dizer moto-taxista. Com o projeto, pelo menos vamos saber quem é quem”, defende o representante da categoria.
Renê Dióz
Diário de Cuiabá 08/05/2009

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